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sábado, 10 de dezembro de 2011

JP: San Diego


Inedito! Jurassic Park San Diego, feito por mim, igual ao parque do filme Jurassic Park: The Lost World.
Link de Download:
Jurassic Park Save:San Diego-O link será aberto em uma nova janela


segunda-feira, 9 de maio de 2011

domingo, 12 de abril de 2009

dikejp

Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008

Terizinossauro!!!

© Joe TucciaroneReconstrução de esqueleto do Therizinosaurus
Nome Científico: Therizinosaurus cheloniformis (Lagarto foice ou Lagarto que retalha).
Tamanho: 9 a 12 metros de comprimento e 5 metros de altura aproximadamente.
Alimentação: desconhecida, mas tudo indica que fosse herbívora.
Peso: 3 a 7 toneladas, apenas estimativa.
Viveu: Mongólia, Ásia.
Período: Cretáceo, por volta de 70 milhões de anos atrás.

Veja onde viveu o Therizinosaurus!Veja quando viveu o Therizinosaurus!
A área em vermelho corresponde à idade em que viveu!
Este estranho animal foi encontrado na década de 1948, no deserto de Gobi, na Mongólia. Os responsáveis pelo achado foram integrantes e de uma equipe de pesquisadores Soviética-mongol, ou seja, que era compostas por russos e mongóis. Os primeiros fósseis foram suas garras, gigantescas que chegavam a medir até 1 metro de comprimento, encontradas em rochas do período Campaniano e Maastrichtiano, que fazem parte do período Cretáceo na Formação de Nemegt.
Essas garras foram descritas por E. A. Maleyev em 1954, um paleontólogo russo que imaginou que pertencessem à um réptil parecido com a tartaruga, pois as garras por mais grandes que fossem são parecidas com as das tartarugas e haviam osso chatos próximos às garras, talvez lembrando um casco. Porém Maleyev não sabia que 4 anos antes, em 1950 uma nova expedição havia encontrado mais fósseis, incluindo garras, fósseis das patas dianteiras e traseiras, que serviram aos paleontologistas como base para montar o esqueleto como realmente era, determinando o animal como um dinossauro e não uma tartaruga. Porém o nome Therizinosaurus cheloniformes ainda mostra indícios do engano, pois a palavra
cheloniformis significa "forma de tartaruga".
Anos depois foram achados novos espécimes, inclusive um estranho e misterioso dinossauro chamado Segnosaurus, como também outros, sendo o Alxassauro e Beipiaousaurus, todos muito semelhantes ao Therizinosaurus, o que provou que deviam ter certo parentesco. Restava ainda descobrir como esses dinossauros surgiram, de que grupo descendem, por isso alguns cientistas afirmaram em teorias que poderiam descender dos Saurópodomorphos, os famosos dinos de pescoço longo. Porém nos novos fósseis achados destes três dinossauros citados anteriormente, o material estava melhor preservado e permitiu a identificação dos ossos da bacia, do tipo bacia de pássaro, identificação dos ossos dos pés e crânios bem preservados, que indicavam que o Segnosaurus pertencia junto com outros parentes seus, inclusive o Therizinosaurus, ao grupo dos Terópodes, sendo os mais estranhos animais, por que parecem uma mistura de saurópode, e terópode, pois tinham um longo pescoço mas com às garras de carnívoros, mas assim mesmo herbívoros, provavelmente pacatos, incluído no grupo
maniraptora. Confira abaixo uma comparação entre alguns dos principais Therizinosaurídeos.
© Rafael Silva do Nascimento

Infelizmente, o esqueleto do Therizinosaurus está muito incompleto, e o pouco que se sabe sobre ele é deduzido a partir da aparência de Therizinosaurídeos relacionados a ele. Provavelmente teve crânio pequeno e um pescoço relativamente longo, caminhando em duas patas, pesadamente e talvez um tanto desajeitado. Calcula-se que seu corpo fosse forte e robusto na parte de trás, pois as bacias de outros animais da mesma família era larga e forte, talvez projetada para suportar peso. Seus braços devem ter sido grandes, chegando a 2,5 metros com as garras, 3 em cada mão, sendo que a parte óssea tinha em torno de 70 80 centímetros e em vida seria ainda maior com 1 metro de comprimento, pois devia ser revestida com uma estrutura queratinosa que aumentaria o comprimento, sendo talvez a característica que deu fama a este animal. Suas pernas terminavam em pés com 4 dedos fortes, ao contrário de outros terópodes que tem o 1º dedo (chamado halux) atrofiado e transformado em uma garra pequena. Há indicios de que vários ovos de Segnsosaurus foram achados, dando informações muito boas sobre sua aparência e conseqüentemente ajudando a teorizar sobre a aparência em vida do Therizinosaurus. Alguns pesquisadores teorizam que pudesse ter penas como outros maniraptores, como você pode ver abaixo nas reconstruções do animal.

© Dorling Kindersley Images© Gabriel Lio

O Therizinossauro é um dinossauro misterioso, pois não acharam seu crânio então é difícil saber o que comia, pois o hábito alimentar é geralmente definido pelo formato dos dentes. Talvez fosse herbívoro, como seus parentes segnosaurideos que tinham uma cabeça pequena que terminava em um bico córneo com os dentes mais no fundo da boca, característica de dinossauros herbívoros. Suas garras então não seria usadas na caça, talvez apenas para ajudar a alcançar galhos altos de árvores, porém não seriam tão eficientes porque não eram muito curvadas como pode ver abaixo.
Garra fóssil do Therizinosaurus em um museu australiano

Também poderiam servir na defesa contra predadores, pois era contemporâneo do grande Tarbosaurus, o tiranossauro mongol. Podiam também servir para brigar com rivais por território e parceiros de acasalamento.
O Therizinosaurus é retratado no documentário da emissora inglesa BBC, Chased by Dinosaurs (Perseguido por dinossauros) onde o apresentador Nigel Marven volta no tempo (claro que isto é impossível, apenas usado para que pudesse unir o apresentador aos animais). Ele viaja até o cretáceo e mostra duas áreas ricas em dinossauros, a Argentina na América do Sul e a Mongólia na Ásia, onde encontra um bando de Therizinosaurus e presencia a luta de um Tiranosaurideo, provavelmente o Tarbosaurus baatar, que é ferido pela enorme garra do estranho herbívoro.

Fontes online: Wikipedia, Dino data, Paleo World, Como tudo funciona.
Fonte impressa: Fascículo da coleção Descobrindo o mundo dos dinossauros
nº40, editora Salvat.

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Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008

Albertosaurus!

© Gabriel Lio
© Kristie Sherman© Vladimir Nikolov

Nome científico: Albertosaurus sarcophagus e Albertosaurus libratus etc.(Lagarto de Alberta, cidade no Canadá onde foi encontrado).
Tamanho: 9 metros de comprimento e 3 metros de altura.
Alimentação: carnívora.
Peso: 1.3 a 1.7 toneladas.
Viveu: Canadá, America do Norte.
Período: Cretáceo, Maastrichtiano (73 a 70 milhões de anos atrás).

Veja onde viveu o Albertosaurus!Veja quando viveu o Albertosaurus!
A tabela indica em vermelho!
Crânio e madíbula parciais expostos no
Royal Ontario Museum
Descoberto na província de Alberta no Canadá, este dinossauro não é brincadeira não, com seus nove metros de comprimento e 3 de altura, dentes afiados e porte de caçador ele seria o rei da sua área. Descrito no fim de 1905 por Henry Fairfield Osborn, seu nome significa Lagarto de Alberta, por ter sido encontrado primeiramente na cidade de Alberta no Canadá, seu sobrenome, sarcophagus, significa comedor de carne. Foram usados os termos do grego "sarx" (carne) e phagein (comer).
O primeiro achado de Albertosaurus ocorreu em 1884, quando encontraram um crânio parcial do animal na Formação Horseshoe Canyon, perto de Red Deer River em Alberta. Depois de mais um achado de crânio, o paleontólogo Edward Drinker Cope afirmou que o animal seria chamado de "Laelaps incrassatus". Depois que perceberam que já havia um animal com este nome, um tipo de carrapado ou ácaro o dinossauro devia ser renomeado e o nome escolhido foi Dryptosaurus em 1877 por um famoso paleontólogo, Othniel Charles Marsh, porém seu arquiriaval na Guerra dos Ossos, E. D. Cope recusou-se a aceitar que Marsh fizesse esta troca, somente consentindo que tal mudança acontecesse em 1904, mas não permitiu o envolvimento de Marsh deixando a troca por conta de Lawrence Lambe que neste ano descreveu os restos fósseis em detalhes.
A partir daí o animal seria chamado Dryptosaurus incrassatus se Osborn não tivesse observado que o gênero Dryptosaurus foi descrito a partir de alguns poucos dentes de tiranosaurideos genéricos e que os dois crânios de Alberta, possuíam diferenças dos fósseis do Dryptosaurus aquilunguis, espécie que deu nome ao gênero.


Escultura em tamanho natural, local e autor desconhecido
A partir disso, Osborn renomeou o espécime em 1905 para Albertosaurus sarcophagus, mas não descreveu em detalhes, aconselhando que se utilizem da descrição de Lambe, feita um ano antes que seria bem completa. Os crânios estão hoje guardados no Canadian Museum of Nature em Ottawa no canadá, porém sabe-se que não apenas estes fósseis são conhecidos, pois segundo os paleonólogos foram encontrados restos de cerca de 30 indivíduos deste dinossauros até hoje.
Um dos grandes achados foi feito ainda em 1910, por mais um dos antigos paleontólogos de renome, Barnum Brown, que encontrou um cemitério de albertossauros ao longo da Formação de Red Deer River, mas não recolheu todos os ossos que estavam ali por falta de tempo, dedicando-se apenas aos mais bem conservados e separados de outros indivíduos. Os ossos estão no Museu de História Natural Americano em Nova York e com os osssos pode-se constatar a existência de pelo menos 9 indivíduos diferentes no mesmo local. Em 1997, paleontologistas do Museu de Paleontologia Royal Tyrrell reencontraram este local e reiniciaram as escavações coletando mais 13 indivíduos incompletos de idades variadas, incluindo menores de 2 anos de idade e até exemplares maiores e muito velhos que chegaram a 10 metros de comprimento.
Em 1913 o paleontólogo Charles Hazelius Sternberg encontrou um esqueleto de tiranosaurideo em Alberta e este após estudado foi nomeado de Gorgosaurus Libratus por Lawrence Lambe no ano seguinte. Algum tempo depois foram encontrados mais fósseis em Alberta e em Montana e algumas diferenças entre os fósseis do Gorgosaurus e Albertosaurus foram encotradas, mas notaram ser um parente muito próximo. Dale Russell considerou que o Gorgosaurus libratus era um exemplar jovem de Albertosaurus, então estes espécimes foram renomeados para Albertosaurus libratus em 1970, aumentando assim o território estimado onde o Albertosaurus viveu e também a sua época foi extendida, por alguns exemplares seriam mais antigos.
Em 2003 Phil Currie comparou crânios de tiranosaurideos e percebeu que os Albertosaurus e os Gorgosaurus não são tão próximos como se pensava, apesar de ser irmãos na taxônomia ele afirma que devem ser nomeados como gêneros diferentes, mas nem todos concordam com ele, embora a maioria aceite sua proposta alguns ainda se recusam a dar crédito a ele.
O Albertosaurus arctunguis é outra espécie descoberta em Alberta por William Parks em 1928, porém desde 1970 é considerada exemplar de A. sarcophagus e seu outro nome não mais é usado. Houve um pequeno tiranosaurideo encontrado também em Alberta, nomeado de Albertosaurus megagracilis , mas depois renomeado para Dinotyrannus que posteriomente foi declarado um exemplar jovem de Tyrannosaurus Rex.
Hoje a espécie mais aceita é realmente a primeira, A. sarcophagus, um predador de médio a grande porte, chegando até 10 metros em casos extremos e até 3 metros de altura. Com sua grande cabeça, que media 1 metro de comprimento em adultos, pescoço em forma de S e em torno de 60 dentes em forma de banana muito afiados era uma máquina de matar perfeira.
Seu crânio possuía fenestras, aberturas que davam leveza e abrigavam os potentes músculos e órgãos sensoriais como olhos e narinas, facilitando sua corrida em busca de uma presa que tentasse fugir. Seus dentes não eram todos iguais, como ocorre na maioria dos tiranosaurideos, mas eram mais numerosos. A forma do dente depende de onde se situa na boca do animal.
Sobre os olhos haviam pequenas cristas que poderiam ser coloridas quando o animal era vivo e talvez servisse de atrativo sexual.
Seu corpo era muito similar ao do T-rex, corpo robusto e braços muito curtos caracterizando a família a qual pertence.
© Julius T. Csotonyi


Com tantos achados de espécimes deste dino, foi possível estudar sua taxa de crescimento. O mais novo Albertosaurus encontrado, com 2 metros, tinha em torno de 2 anos quando morreu e o indivíduo mais velho estava com cerca de 28 anos na data de sua morte, chegando a 10 metros.
Segundo estudos realizados eles cresciam em torno de 122 quilos por ano e chegavam à maturidade sexual aos 16 anos, mas mesmo assim continuavam crescendo, lentamente, mas cresciam.
Os fósseis de albertosaurus jovens ou filhotes são raros, devido à fragilidade dos ossos dos filhodes, se decompõe antes de fossilizar. Mas existem hipósteses a respeito desta raridade, uma delas afirma que pode ter havido mortes em massa em algumas ninhadas de albertosaurus e como os filhotes eram frágeis, se decompunham antes de virar fóssil, assim os poucos restantes logo cresceram mais que qualquer predador da área, exceto albertosaurus maiores, assim fósseis de jovens albertosaurus quase não existem pois eles seriam os predadores do topo da cadeia alimentar da época e morriam apenas em caso de doenças ou algum outro fator. Por volta dos 13 a 14 anos de idade estes animais foram afetados por outro problema de alta taxa de mortalidade, afetando-os e matando a maioria deles nessa faixa etária. Mesmo na vida adulta, os exemplares restantes teriam continuado a sofrer com as mortes, por envelhecimento, ferimentos de luta por parceiros de acasalamento ou por recursos como território, água ou comida. A junção de alta taxa de mortalidade na infância, seguida por uma baixa na juventude e uma alta novamente na idade de maturidade sexual pode explicar porque quase todos os esqueletos encontrados deste animal tinham em torno de 14 anos de vida na época da morte.
O comportamento em vida destes terópodes é desconhecido, bem como suas presas comuns, pois há uma ausência de fósseis de herbívoros perto dos destes terópodes, mas os pelontólogos usam os fósseis dos próprios carnívoros para tentar deduzir como viviam. Phil Currie diz que o local onde foram encontrados 22 esqueletos de albertosaurus não era uma armadilha para predadores, que na época eram formados por elementos naturais como um poço de piche ou algo do gênero e que prendia animais até a morte, mas sim que os terópodes morreram ali todos na mesma época, segundo diz Currie uma evidência de comportamento de banco, indicando atividade social. Isto é algo diferente, pois a socialização em bandos grandes é comum em herbívoros e não em predadores. Outros pesquisadores acreditam que ali os albertosaurus morreram mas naum todos juntos, e foram juntados pela erosão e o tempo ou que alguns albertossauros comiam carcaças e uma possível batalha pelas carcaças pode ter ocorrido entre membros da mesma espécie acabando em várias mortes e canibalismo, que acabaram deixando os vestígios fósseis.
Currie também observou que as pernas dos jovens albertosaurus é comparável à dos ornitomimideos, dinosauros avestruzes que eram provavelmente os mais velozes. Os jovens albertosaurus deveriam ser muito rápidos, às vezes mais que suas presas e desempenhar um papel diferente na cadeia alimentar. Em vez de ser dominante com um bando de adultos, estaria abaixo deles, porém acima dos demais predadores pequenos da região.
Os albertossauros devem ter vivido perto de deltas de rios e lagos, convivendo com alguns herbívoros, geralmente hadrosaurideos como saurolophus e edmontosaurus eceratopsianos como o Styracosaurus. Também conviveram ali com ankylosaurideos, pachycephalosaurideos e outros terópodes.
O albertosaurus ultimamente vem ganhando mais detaque na mídia. Aparece na série de documentários Prehistoric Park, no último episódio da série, quando Nigel Marven volta ao cretáceo no canadá para capturar um deinosuchus e enquanto isto o albertosaurus aparece em dupla, caçando parassaurolofos.
Existem várias espécies de Albertosaurus, algumas sinônimos de outros, clique no link para o Dino Data logo abaixo e confira os nomes.
Fontes: Dino Data, National Geographic Kids, Wikipedia e algumas outras publicações.



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Sábado, 19 de Julho de 2008

Espinossauro

© Felipe A. Elias © Sérgio Pérez
©Scott Hartman
Parte do crânio do Spinosaurus Aegyptiacus


Nome científico: Spinosaurus Aegyptiacus, S. marocannus (lagarto espinho).
Tamanho: 15 a 17 metros de comprimento e 5,5 a 6 metros de altura aproximadamente.
Alimentação: carnívora.
Peso: 7 toneladas aproximadamente.
Viveu: África.
Período: Cretáceo superior (Cenomaniano).

Veja onde viveu o mais longo dos terópodes!
Clique no mapa para aumentar!Veja quando viveu o Spinosaurus!

Fósseis e características
Esse dinossauro é um carnívoro de grande porte, encontrado em 1912 no norte da África, mais precisamente no Egito, formação de Baharya. Nomeado em 1915 por Stromer, o fóssil era composto por poucos ossos, entre eles as seguintes peças:
Parte da maxila;
Parte da mandíbula;
19 dentes ;
2 vértebras cervicais;
7 vértebras dorsais ;
3 vértebras sacrais;
1 vértebra caudal;
Costelas ;
Elementos da gastrália;
Essas poucas peças fósseis forneceram aos paleontólogos boas informações sobre o animal, sendo que as vértebras dorsais chamaram mais atenção, pois eram diferentes das dos outros terópodes. Sua característica estranha era o tamanho dos espinhos neurais das vértebras, um comprimento meio exagerado, chegando até 1,70 aproximadamente. Essa particularidade levou Stromer a escolher o nome Spinosaurus, vindo do latim, significa "Lagarto espinho", sendo que as várias vértebras alongadas eram dispostas verticalmente sobre o dorso e recobertas de pele formando uma espécie de "vela" ou "barbatana". Os dentes encontrados, 19 no total, eram com secção transversal e não possuíam serras como nos do Tyrannosaurus Rex, eram lisos e arredondados, algo incomum em um predador. Esse tipo de dentição levou os pesquisadores a imaginar que em vez de matar presas grandes ele comesse peixes, assim não necessitando de dentes serrilhados para rasgar carne. Esses dentes pertenciam à mandíbula também diferenciada, fina, estreita nas laterais e alongada, deixando o Spinosaurus com cara de crocodilo, mais uma característica de animais piscívoros (que se alimentam de peixes).

© Todd Marshall
Infelizmente o fóssil mais completo foi destruído na segunda guerra mundial, quando um bombardeio atingiu o museu alemão onde o fóssil estava guardado. Muitas outras peças fósseis de spinosaurideos encontradas na África foram destruídas no mesmo desastre. Posteriormente foi encontrado outro espécie denominado S. marocannus, com algumas diferenças mas por muitos considerado como sinônimo de S. Aegyptiacus.
Basicamente o Spinosaurus foi o maior predador terrestre já registrado, com seus aproximados 17 metros de comprimento era maior que o destronado rei dos dinossauros, o Tyrannosaurus Rex e também maior que o Charcarodontosaurus saharicus e de comprimento superior ao do terror sul americano, Giganotosaurus carolinii.

Comparação entre maiores terópodes
Não sabemos ao certo se o Spinosaurus chegava a esse tamanho, pois foram apenas estimados em poucas partes da coluna, ou seja, dedução com base no tamanho das vértebras. Seu crânio é um dos mais longos, medindo 1,75 metros do focinho até a base do crânio, deveria ser uma bocarra imensa que o permitia abocanhar enormes peixes e animais inteiros que cruzassem o seu caminho, pois devia ser um animal oportunista.
Conviveu com grandes saurópodes como Paralititan e Aegyptosaurus e também com o Charcarodontosaurus, outro enorme predador do cretáceo superior.
Vértebras alongadas
As vértebras do Spinosaurus até hoje são um mistério em relação à sua utilização, pois elas não eram tão finas e poderiam em vez de ser recobertas apenas por pele, sustentar carne grossa ou gordura como em camelos, formando uma corcova. Essa estrutura poderia ter várias funções, sendo que as mais lógicas são a dissipação de calor ou a captação desse mesmo para o corpo dependendo da posição em relação ao sol. Poderia ser um elemento usado para intimidar rivais aumentando seu tamanho já bem avantajado ou servir como enfeite para exibição em época de acasalamento, sendo que nesse caso poderia ser colorida ou mudar de cor. Pode ser que houvesse uma diferença de tamanho ou formato da vela do macho para a fêmea, mas isso só poderia ser comprovado por novas descobertas.

© Todd Marshall
O espinossauro geralmente é retratado como sendo bípede, porém recentes estudos de fósseis de Baryonyx , outro membro do grupo spinosauridae, sugerem uma postura apoiada nas patas dianteiras. Porém isso seria apenas em alguns momentos, dependendo da ocasião, assim como o Iguanodon que se apoiava em 4 pernas, mas que de quando em quando levantava-se apenas nas pernas traseiras para comer ou observar o ambiente.
Fama
O Espinossauro há muito tempo vem sendo estudado e inserido entre os maiores terópodes, mas isso só veio a público em 2001 quando retratado em Jurassic Park 3 com 18 metros de comprimento. No longa o spinosaurus vende uma luta contra o Tyrannosaurus Rex, tido por muitos como rei dos dinossauros, o que fez com que o Rex ganhasse um rival na popularidade. Estudos recentes divulgaram oficialmente o que Jurassic Park demonstrou apenas como suposição e fixou ainda mais o spinosaurus como novo rei dos dinossauros. Também aparece freqüentemente em livros e miniaturas colecionáveis, como action figures, revistas de coleção entre outros meios de mídia.
Parece que o Spinosaurus veio para ficar e o que nos resta fazer é aguardar novas descobertas para que possamos conhecer melhor este incrível predador africano.

© Joe Tucciarone
Fontes: PDF Notas sobre Spinosauridae de Elaine Batista Machado e Alexander W. A. Kellner, Wikipédia, Dinodata entre outras publicações.

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Sábado, 5 de Julho de 2008

Galimimus

Copyright Brian Franczak



Gallimimus bullatus, copyright Andrey Atuchin Reconstrução de esqueleto de G.bullatus, crédito L. Kalla


Nome científico: Gallimimus bullatus (imitador de galinha).
Tamanho: 6 metros de comprimento e 3 metros de altura aproximadamente.
Alimentação: Onívora.
Peso: Cerca de 250 a 400 quilos.
Viveu: Mongólia.
Período: Cretáceo.

Veja onde viveu o Gallimimus!Veja quando viveu o Gallimimus!
Descoberto em 1970 na Mongólia, mais precisamente no deserto de Gobi, o Gallimimus bullatus é um dos mais famosos "dinossauros avestruz" já descoberto. Ele chegava a medir até 6 metros de comprimento, era de dieta onívora, ou seja comia tanto plantas como carne e ovos de dinossauros e pequenos animais. Seu nome de origem latina significa "Imitador de galinha". Esse nome foi concebido por três paleontólogos e paleontólogas dois anos após o descobrimento do fóssil, os paleontólogos eram R. Barsbold, H. Osmólska e E. Roniewicz. A espécie G. mongoliensis foi nomeada mas nunca confirmada, segundo estudos era menor chegando a 4 metros e agora já é considerada como sendo outro gênero de ornithomimosauridae.
O galimimus tinha um corpo parecido com a avestruz em quase tudo, pequena cabeça, pernas longas e fortes para correr, bico desdentado, braços curtos com um a mão pequena e ao contrário da ave atual, anteriormente citada a cauda era longa. Usada para como contrapeso, a cauda ajudava na hora de correr, tanto para caçar quanto para fugir de predadores, pois o galimimus podia correr muito devido às longas pernas e poderosos músculos que eram muito bem distribuídos num corpo esguio. A possibilidade de que tivesse penas não é descartada, embora no fóssil nada demonstre ser penas.


Copyright M. Shiraishi
Sua velocidade exata é desconhecida mas sabe-se que corria bem, tanto que no famoso filme Jurassic Park ele aparece correndo num descampado, quando são atacados pelo Tyrannosaurus Rex. O Galimimus é famoso, inclusive aparece em várias coleções de brinquedos que reproduzem dinossauros.

Arte conceitua de Gallimimus bullatus para Jurassic Park


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Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

Herrerassauro!!!

Esqueleto e réplica de Herrerasaurus no Museu de Chicago
Nome científico: Herrerasaurus ischigualastensis (réptil de Herrera).
Tamanho: 3 metros de comprimento e 1 metro de altura nos quadris aproximadamente.
Alimentação: carnívora.
Peso: calcula-se 350 quilos aproximadamente.
Viveu: Argentina, América do Sul.
Período: Triássico.

Veja onde vivia o primitivo Herrerasaurus!Veja quando viveu o Herrerassauro!
Este terópode é um dos mais antigos conhecidos, tendo vivido no período triássico. Foi descoberto em maio de 1961 em San Juan na Argentina na formação de Ischigualasto, rica em fósseis do triássico, pelo morador local Victorino Herrera. Só foi nomeado em 1963 por Osvald Reig. É um terópode de porte médio a pequeno medindo 3 metros de comprimento, porém pode ser que chegasse a 6 metros, era um dos maiores predadores de sua época na Argentina. Caçava animais como os répteis sinapsídeos da época, entre outros bichos e devia ser solitário.

Herrerassauro observa réptil sinapsídeo
Herrerasaurus comendo presa Herrerasaurus em dupla atacando mamíferos pré-históricos
Vivia na Argentina onde foi encontrado pela 1º vez, mas pode ser que vissesse no mundo todo considerando-se que na época dele os continentes estavam todos ligados formando a pangéia. Seu nome vem do morador que o encontrou e o nome posterior é devido o local onde foi achado, a formação de Ischigualasto.
Herrerasaurus

Como todo bom predador ele possuía dentes afiados curvados e seu crânio possuía ao todo 5 pares de aberturas sendo 2 desse pares para os olhos e narinas e os outros 3 para deixar o crânio leve. Caçava alguns outros dinos além dos sinapsídeos, mas como no triássico dinos eram raros ele não se alimentava muito deles. Um crânio de herrerasaurus encontrado tinha sinais de mordida de um Saurosuchus, espécie de crocodilo terrestre muito comum no triássico, isso sugere que o maior predador da época talvez não fosse o herrerasaurus.

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Quinta-feira, 1 de Maio de 2008

Alossauro

© Joe Tucciarone
Recontrução de Allosaurus
© Raúl Martín

Esqueletos, acima a parte encontrada, abaixo reconstruído.
©
Scott Hartman
Nome científico: Allosaurus fragilis, Allosaurus europaeus, Allosaurus jimmadseni, Allosaurus tendagurensis, Allosaurus sp. (alossauro polar), Allosaurus amplexus e Allosaurus atrox (lagarto diferente).
Tamanho: 8,5 metros de comprimento e 3 metros de altura aproximadamente.
Alimentação: carnívora.
Peso: 2 toneladas.
Viveu: América do Norte, Portugal e possivelmente Tanzânia.
Período: Jurássico.

Veja onde viveu o rei do Jurássico!Veja em que idade viveu o Allosaurus!
Allosaurus, figurinha do álbum do chocolate surpresa
© Nestle
Reconstitção dos órgãos internos e musculos do Allosaurus
© Scott Hartman
Allosaurus, um dinossauro terópode de grande porte, viveu na América do Norte e Portugal, mas existem indícios de que pode ter vivido na Tanzânia. Carnívoro caçava desde ornitópodes como o Dryosaurus até os enormes saurópodes Diplodocus e Apatosaurus ou os bem protegidos Stegosaurus, seus contemporâneos do final do jurássico. A espécie mais conhecida é o Allosaurus fragilis, também a primeira a ser descoberta e a mais completa, era conhecida como Antrodemus antes de ser renomeada em 1877 pelo famoso Othniel Charles Marsh. Vários esqueletos de alossauro foram encontrados antes, mas seus descobridores são de difícil reconhecimento, pois naquela época de final de 1800, a guerra dos ossos estava forte com a correria de novas descobertas, ossos acabavam se perdendo em depósitos e eram deixados para ser analisados mais tarde, como intuito de poder achar mais fósseis que os concorrentes em vez de ficar nomeando os dinos.
Desde sua descoberta, o alossauro teve muitos nomes entre eles Creosaurus, Antrodemus, Apatodon, Labrosaurus e Epanterias que foram dados por paleontólogos diferentes que encontravam os fósseis e os nomeavam. Porém, se baseavam em fósseis muito fragmentados e por isso não se pode ter certeza de qual espécie era. Antrodemus foi o nome mais aceito e por mais de meio século usaram este nome pois o nome Allosaurus foi criado depois e geralmente o nome mais antigo prevalesce. Só muitos anos depois, James masdsen usou em sua monografia sobre este dinossauro o nome allosaurus e conseguiu fixá-lo como oficial para a espécie pois o fóssil usado por Marsh para nomear era mais completo que o Antrodemus.

Allosaurus
© Joe Tucciarone

Existem contradições entre as espécies, que na maioria são sonônimos de A. fragilis como por exemplo A. europaeus de Portugal, que ao que parece é o mesmo que o fragilis e A. atrox e A. amplexus também são sinônimos. O dino A. maximus é tido como sinônimo de Saurophaganax. Outras como o A. jimmadseni ainda não foram descritas por completo e A. tendagurensis foi reconhecido como allosaurus mas ainda há controvérsias.
O alossauro vivia no topo da cadeia alimentar no período jurássico, sendo o maior terópode da época e caçava todo tipo de dinossauro. Foram encontrados em placas ósseas do pescoço de um estegossauro marcas exatamente compatíveis com o focinho do alossauro e numa costela e vértebras de alossauro também haviam marcas de ferimento compatíveis com o espigão da cauda de estegossauro.

Allosaurus ataca Estegossauro
©
Dorling Kindersley
Isso sugere que ele poderia caçar os estegossauros, mas não desprezava presas menores como os dryosaurus ou os jovens e filhotes de daurópodes da época.

© Michael W. SkrepnickAllosaurus caçam diplodocus em WwD Special, A balada de Big Al
© BBC
Pelo estudo dos fósseis de alossauro que se encontraram, pode ser criada a teoria de que ele crescia contantemente até os 15 anos, daí parava de crescer e viveria em média de 25 a 30 anos de idade. Se supõe isso pois fósseis de allosaurus de quase todas as idades foram encontrados entre eles um que tinha estrutura que prova que o alossauro aos 10 anos já estava em sua maturidade sexual.
Não pode-se afirmar que viviam em bandos, o mais provável é que vivessem aos pares ou sozinho e caçasse por emboscadas depois de adulto e quando jovem perseguisse as presas, pois na juventude as pernas eram mais longas o quepermitia grande velocidade, estimada em 30 a 35 quilômetros por hora. Sua mandíbula não conseguia morder com muita força, calcula-se menos até que crocodilos e leões atuais, mas seu crânio era muito resistente a impactos o que era vantagem se quisesse cabeçear uma presa para derrubar e possuía na parte acima dos olhos pequenos chifres ou cristas progetados para cima de formas variadas, talvez a principal característica do alossauro. Tinha cerca de 60 a 70 dentes afiados e curvos para trás, com arestas.
O alossauro é depois do Tyrannosaurus rex o terópode mais conhecido, devido a quantidade de fósseis encontradas e réplicas de fósseis e esculturas dele em vida espalhadas ao redor do mundo em muitos museus.
Não apareceu nos mais famosos filmes de dinossauros já feitos, a trilogia de Jurassic Park, talvez para não ofuscar o brilho do antagonista principal T-rex, mas aparece como maior antagonista no livro de Sir Arthur Conan Doyle e nos filmes baseados nele. Nos documentários aparece no episódio 2 e no episódio 5 de Walking With Dinosaurs da BBC e no especial WWD A Balada de Big Al que retrata a vida do mais completo fóssil de alossauro encontrado em 2000 e 2001. No documentário When dinosaurs roamed America do Discovery Channel também aparece atacando os apatossauros e matando um ceratosaurus.

Alossauros de When dinosaurs roamed America
© Discovery Channel Allosaurus de Walking With Dinosaurs
Episódio 2 Time of the Titans(Tempo de Titãs)
© BBCAllosaurus Polar de Walking With Dinosaurs
Episódio 5 Spirits of Ice forest (Espíritos da Floresta de Gelo)
© BBC Allosaurus de Walking With Dinosaurs Special
The Ballad the Big Al ( A balada de Big Al)
© BBC


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Quinta-feira, 24 de Abril de 2008

Irritator!

Irritator atacando pterossauros numa praia, obra de Felipe Elias

Nome científico: Irritator challengeri (irritante).
Tamanho: 8 metros de comprimento e 3 metros de altura aproximadamente!
Alimentação: carnívora.
Peso: 1 Tonelada (não tenho certeza, pode ser que pesasse mais).
Viveu: Brasil!
Período: Cretáceo.

Onde viveu o Irritator?
Viveu no Brasil! Confira no mapa!Veja em que período e idades viveu o Irritator.
Irritator comendo peixe
Bem, até que enfim tenho o prazer de falar de um dino brazuka, brasileiro como nós. Seu nome é Irritator Challengeri, foi encontrado em 1996 na Formação de Santana no Ceará por paleontólogos amadores. Estes mesmos, infelizmente alteraram o fóssil que conssiste num crânio de 80 centímetros de comprimento, imcompleto. Essas alterações foram prejudiciais para a descrição do especimem, deixando os paleontólogos profissionais frustrados pela dificuldade do trabalho de identificação e os dando ao mesmo tempo uma idéia para nomear o novo dinossauro.


Irritator retratado com crista E assim aconteceu, por causa do nervosismo que os paleontólogos passaram, nomearam o dinossauro de Irritator (que quer dizer irritante) e o segundo nome challengeri vem do Professor Challenger, o paleontólogo do romance intitulado O mundo perdido de Sir Arthur Conan Doyle. Esse dino era um spinosaurídeo, focinho alongado e possivelmente vela nas costas. Possivelmente porque em muitas ilustrações alguns paleoartistas retratam este dinossauro com vela, noutras sem a vela. Como todo terópode spinosaurídeo era carnívoro e tem parentesco com os demais spinosaurídeos conhecidos, como o Baryonyx, Spinosaurus, Suchomimus e até outro dino brasileiro muito parecido chamado Angaturama Limai, que segundo alguns paleontólogos seria o mesmo espécie do Irritator. Curiosamente o único crânio parcial encontrado do Irritator quase completa o outro crânio, também único, do Angaturma Limai. Isso pode sugerir que fossem da mesma espécie e não espécies distintas ou mais espantoso ainda, pode ser que ambos os crânios parciais encontrados em locais diferentes do Ceará sejam do mesmo dinossauro e tenham sido separados depois de partidos.

Irritator sem vela dorsal Irritator com vela dorsal

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Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

Carnotauro

© Damir G. Martin
© Natural History Museum © Natural History Museum
Nome científico: Carnotaurus sastrei (Touro carnívoro).
Tamanho: 9 metros de comprimento e 3,5 metros de altura aproximadamente.
Alimentação: carnívora.
Viveu: Patagônia/Argentina, América do Sul.
Peso: Calcula-se entre 1 a 1,5 toneladas.
Período: Cretáceo.

Onde vivia o "Touro Carnívoro"?
Clique no mapa e veja!Descubra quando viveu o Carnotaurus!
Grupo de Carnotaurus lutando durante a noite
© Luis ReyCarnotaurus acasalando
© Luis Rey


O carnotaurus viveu na Patagônia, Argentina onde era um dos maiores predadores do cretáceo. Medindo entre 8 e 9 metros de comprimento era imponente, e como principal característica tinha acima dos olhos um par de chifres como os de um touro, o que lhe dá o significado do seu nome que do latim quer dizer Touro Carnívoro. Outras características marcantes do carnotauro são seu focinho curto como de um buldogue e olhos voltados para frente, junto com bracinhos minúsculos, mais ainda que os do T-rex, deixando sua aparência meio bizarra. Este dino foi descoberto em 1985 por um paleontólogo chamado José F. Bonaparte na província de Chubut na Argentina.
© Gabriel Lio
Viveu na mesma época e local que os saurópodes Chubutiassauro( cretáceo médio), que tinham um terço de seu tamanho, o que talvez transformasse os pacatos herbívoros em presas perfeitas. Seus olhos voltados pra frente pode ser que lhe proporcionassem uma visão binocular o que aumenta a percepção de profundidade para caçar. Embora seu fóssil fosse muito difícil de ser retirado da rocha duríssima José Bonaparte consegui retirar os ossos que formaram um esqueleto quase completo, inclusive com a pele de um dos lados do corpo. Quase um lado inteiro (lado direito ou esquerdo do corpo, não sei ao certo) da pele do carnotaurus foi enontrada, dando aos paleontologistas a resposta de como era sua aparência. Ele tinha a pele escamada, e pelo corpo todo haviam calombos em forma de cone que aumentavam à medida que eram mais próximos da coluna vertebral. Carnotauro é um dinossauro relativamente novo, sua descoberta data de 23 anos atrás, e durante esse tempo ele apareceu muito na mídia o que o deixou famoso. No livro The Lost World Jurassic Park de Michael Crichton (disponível para download na sessão downloads) ele é retratado como um dinossauro camaleão, ou seja tem a capacidade de mimetizar (imitar) tão bem as cores de um objeto ou ambiente que chegava a ser invisível, quase transparente como se ve no desenho abaixo, cuja autoria e finalidade eu desconheço. Sua capacidade de se camuflar só era afetada pela luz que evidenciava seu contorno e desestabiliza o ambiente, dificultando a copia das cores. No filme Dinossauro, da Disney o dito carnotaurus é retratado muito maior do que realmente é, chegando a mais de 10 metros de comprimento e era muito alto. Ambas as teorias, de tamanho exagerado e poder de camuflagem são FALSAS, então não acreditem nisso, que não passa de ficção para tornar a história mais atraente.
Carnotaurus Invisível
© Vladimir Nikolov
Na verdade o que se sabe é que a pele do carnotaurus era listrada, com listras de cores meio rosa arroxeado, isso os paleontólogos deduziram baseados na pele fossilizada, mas não estu afirmando por minha conta, pode ser que eu esteja enganado.

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Domingo, 23 de Março de 2008

Oviraptor !

Depois de fazer a postagem da Páscoa sobre ovos de dinossauros, me senti na obrigação de postar sobre o dinossauro conhecido como Oviraptor o ladrão de ovos. Abaixo a ficha dele e seus dados principais com belas imagens.

© Joe Tucciarone
Nome científico: Oviraptor philoceratops (ladrão de ovos).
Tamanho: 1,80 a 2 metros de comprimento e 1 metro de altura aproximadamente.
Alimentação: Carnívora (Ovos, pequenos dinossauros e mamíferos).
Viveu: Mongólia, na Ásia.
Peso: 35 quilos aproximadamente.
Período: Cretáceo.

Veja onde vivia o "Ladrão de Ovos"!Veja quando viveu o Oviraptor!
As idades estão marcadas em vermelho.
Oviraptor, foi escolhido para esta postagem não por uma enquete do blog como os outros dinossauros de outras postagens. Aproveitei o embalo da Páscoa que falei sobre ovos de dinos e achei que seria uma boa hora para falar deste dinossauro, estranho mas ao mesmo tempo belo e instigante. O primeiro fóssil do Oviraptor, foi achado em 1924 na Mongólia por Roy chapman Andrews. Seus ossos estavam próximos a um ninho de dinossauro, com vários ovos fossilizados. Roy estudou o dino e deduziu que por ter uma boca desdentada, substituída por um afiado bico córneo que tinha no céu da boca um tipo de dente único e ponteagudo, não seria capaz de caçar dinos grandes e se alimentava de outra coisa, masi fácil de cortar com o bico. Lembrou-se dos ovos, era o que precisava para batizá-lo de Oviraptor que significa Ladrão de Ovos. Suas características principais são:
Crista no topo da cabeça (não se tem uma prova que explique pra que a crista servia e nem se sabe seu tamanho exato pois parte do crânio estava esmagado);
Bico córneo resistente com um tipo de dente pontudo no céu da boca (possivelmente usado para abrir ovos);
Bípede ( anda em duas pernas)


© Discovery Channel
Possivelmente o oviraptor tinha penas como alguns dinossauros com parentesco próximo, mas nada está comprovado. Voltando ao fato de se supor que ele roubava ovos, os cientistas pensaram isso porque seu fóssil estava em cima de um ninho que, eles acreditavam ser de protocerátops. Daí vem o sobrenome do dino "philoceratops" que significa "amante de ceratopsianos", ou seja, ele adorava ovos dos ceratopsianos. Mas o paleontólogo que o descreveu por primeiro não foi seu descobridor Roy C. A., que deixou tal tarefa para o colega Henry Fairfield Osborn. Este mesmo achou que nomear tal dino de ladrão de ovos era perigosa por ser uma decisão tomada preciptadamente, mas mesmo assim foi uma decisão aceita. Ele estava certo, pois tempos depois foram novamente estudados os fósseis, tanto o do oviraptor como os fósseis dos ovos e analisando restos de embriões presentes nas cascas notou-se que os ovos eram do próprio oviraptor. Em vez de um ladrão traiçoeiro era um pai dedicado a ponto de morrer em vez de abandonar o ninho aos perigos do deserto cretácico.
Fóssil do Oviraptor philoceratops e seus ovos e a reconstrução. Embrião e Ovo fósseis Oviraptor Protegendo seus ovos
© Julius T. Csotonyi © Melissa Frankford
© Gabriel Lio


Mas o oviraptor às vezes era vítima de sua fama. Outros dinossauros roubavam ovos e filhotes de seus ninhos e se alimentavam deles, o que até parece ironia levando em conta toda a fama de ladrão de ovos do Oviraptor.
Réptil roubando ovo dos Oviraptors
Pode ser que os Oviraptors vivessem em bando como outros dinossauros, e disputassem entre si fêmeas e território ou liderança do bando. Na imagem abaixo, retirada do documentário Dinosaur Planet 2, episódio intitulado "A jornada de Tip" do Discovery Channel, dois machos de oviraptor (os de crista avermelhada) se exibem para as fêmeas e tentam intimidar o concorrente com gritos e chacoalhadas de braços e cabeça, inclusive sua crista avermelhada. Geralmente o macho vencedor procriava com a fêmea esta fazia ninhos e depois do nscimento cuidavam dos filhotes até crescerem para caçar sozinhos.

Machos se enfrentam com gritos e gestos
© Discovery ChannelFêmeas cuidam dos filhotes
© Discovery ChannelFilhotes no ninho
© Discovery Channel
Fontes: Wikipédia entre outros;
Documentário Dinosaur Planet 2 A jornada de Tip

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Segunda-feira, 10 de Março de 2008

Troodon

© Todd Marshall
Esqueleto de Troodon
© Enciclopédia Britânica Online
Nome científico: Troodon formosus
Significado do Nome: Dente que Fere.
Tamanho: 2 metros de comprimento e 1 metro de altura aproximadamente.
Peso: cerca de 45 quilos.
Alimentação:
Carnívora.
Período: Cretáceo Superior.
Local: Estados Unidos e Canadá.

Veja onde viveu o Troodon
© Mapa modificado por Patrick Król PadilhaVeja quando viveu o Troodon
© João Pedro S. Ricardo
O Troodon foi um dos primeiros dinossauros descobertos na América do Norte, porém não foi logo reconhecido como um dinossauro, como hoje é classificado. Seu nome significa "Dente que Fere", do Grego antigo, Troe = que fere/machuca e Odon = dente. Os primeiros fósseis do Troodon, pequenos dentes, foram confundidos com dentes de lagarto pelo paleontologista Joseph Leidy. Posteriormente, em 1901, Nopsca, outro pesquisador, reconheceu que era um dinossauro e o classificou como um megalossaurídeo, família em que eram inseridos todos os dinossauros carnívoros naquela época. Em 1924, Gilmore notou a semelhança dos dentes, os únicos fósseis disponíveis, com os dentes do paquicefalossaurídeo Stegoceras, imaginando que ambos eram uma única espécie, então os dentes foram classificados como pertencentes a Stegoceras, que virou um sinônimo juvenil de Troodon, cujo formato dos dentes fez com que paleontólogos pensassem que ele poderia ser onívoro.
Somente com novas comparações, os dentes foram reclassificados, desta vez por Charles Mortram Sternberg em 1945, como sendo de carnívoros e não mais de um paquicefalossaurídeo.
Ossos do Troodon eram raros, porém um fóssil composto de pés, vértebras da cauda e ossos de uma mão encontrados em Alberta foram nomeados por Sternberg, em 1932, como Stenonychosaurus, assim criando um novo gênero. Por isto é um dinossauro de difícil classificação, a falta de restos pós-craniais impede que o animal seja classificado com precisão. O fóssil usado para nomear o gênero Troodon é composto de poucos dentes d Formação Judith River. Uma característica que chamou a atenção nos fósseis foi uma garra que ficava no segundo dedo do pé, em forma de foice e maior que as demais, uma típica característica dos animais pertencentes à Deinonychosauria, porém o animal foi inserido na família Coeluridae. Se este dinossauro era um maniraptoriforme, parente dos raptores, ele deveria ter plumas, porém sempre existem divergências.
O Troodon com plumas deveria parecer assim
© Gabriel LioAqui temos a versão "reptiliana" do Troodon
©
Joe Tucciarone

Hoje a classificação do Troodon está da seguinte maneira: Saurischia > Theropoda > Tetanurae > Coelurosauria > Maniraptora > Troodontidae

Devido às estranhas características dos pés de Stenonychosaurus e das formas diferenciadas dos dentes do Troodon, Sternberg sugeriu em 1951, que deveriam ter alguma ligação, porém não havia fósseis bons o suficiente para permitir uma comparação.
Somente em 1969 um espécime de Stenonychosaurus mais completo foi descrito por Dale Russell, espécime que serviu de base para a construção de uma escultura em tamanho real do animal, acompanhada de um possível e imaginário descendente apelidado de Dinossauróide. Então, na década de 1980 o Stenonychosaurus ficou bem mais conhecido após descrições de sua caixa craniana bem desenvolvida e de seus pés.
O pesquisador Phil Currie decidiu revisar os Troodontidae em 1987 e acabou por renomear o Stenonychosaurus inequalis, que passaria a se chamar Troodon formosus, pois imagina-se que o Stenonychosaurus fosse um espécime juvenil de Troodon. Esta mudança foi bem aceita e na literatura paleontológica moderna, todos os Stenonychosaurus devem ser interpretados como exemplares de Troodon.
Como dito antes, partes do corpo do Troodon em si não foram encontradas, somente alguns ossos classificados como Stenonychosaurus, porém posteriormente renomeados como Troodon. Outros dois gêneros, Polyodontosaurus e Pectinodon deixaram seus nomes para serem agrupados também como Troodon, pois os dentes eram quase iguais e os paleontologistas imaginam que dentes daquele tipo devem ter pertencido a uma mesma espécie animal. Por isso o futuro do nome Troodon é incerto, pode ser deixado de lado ou substituído por outro no futuro, porque na paleontologia geralmente prevalece o nome baseado nos melhores fósseis, o que não é o caso dos precários dentes encontrados. Isto já ocorreu várias vezes, como é o caso de Deinodon e Trachodon, nomes abandonados, dos quais restam fósseis a serem inseridos em um gênero mais bem preservado. Novos estudos devem dar uma visão mais clara deste terópode, podendo ele ser substituído pelo antigo nome Stenonychosaurus, já que este tem mais fósseis e em melhor estado de preservação.
Confira abaixo vários dinossauros nomeados como Troodon, mas que na realidade eram espécies diferentes, que hoje são nomeadas de forma diferente.
  • Troodon wyomingensis>renomeado Pachycephalosaurus wyomingensis (devido à confusão dos dentes com os do Stegoceras);
  • Troodon sternbergi>renomeado Hanssuesia sternbergi;
  • Troodon isfarensis=sinônimo de T. formosus (pode ser que os restos sejam pertencentes a Saurornithoides);
  • Troodon edmontonensis>renomeado Stegoceras edmontonense;
  • Troodon bexelli>redescrito como um paquicefalossaurídeo ainda sem nome;
  • Troodon asiamericanus>renomeado como T. formosus;
O Troodon é um típico terópode de pequeno porte, com longas pernas traseiras que deveriam dar a ele uma boa velocidade. Seus braços eram longos e deviam ficar encostados ao tórax quando andava ou não usava as mãos, deixando-o com uma aparência de ave. Mas esta semelhança com aves não é mera coincidência, já que era era um dinossauro do grupo Maniraptora, ou seja, parente do Velociraptor, Deinonychus e outros parecidos, pois inclusive o Troodon teve uma garra em forma de foice nos pés, pequenas mas teve. Estas garras, assim como nos outros parentes seus, devia ficar levantada acima dos dedos que tocavam o chão, a fim de evitar tombos ou fraturas na garra.
Acredita-se que o Troodon era noturno, pois tinha grandes olhos e com uma visão quase binocular, ou seja, os olhos eram voltados um pouco para frente da cabeça e não bem ao lado como em outros dinossauros, o que lhe devia proporcionar boa visão de profundidade. Com olhos desta forma, acredita-se que o Troodon deveria ser um dos dinossauros que tinha a visão mais apurada, mais ainda por certas estruturas encontradas no crânio, estruturas estas que os "dinossauros avestruzes" também possuem.
O Troodon devia caçar à noite usando seus grandes olhos
©
Fabio Pastori
No entanto o que mais chama a atenção para este pequeno animal não foram seus olhos e sim sua inteligência. A inteligência é medida comparando o tamanho do cérebro em relação à massa corporal dos animais e o Troodon é o que tem o maior cérebro em relação ao corpo dentre todos os dinossauros!
Por isto acredita-se que fosse o mais esperto dentre os "grandes répteis", sendo até mais inteligente que os mamíferos daquela época. Tamanha era a capacidade de raciocínio deste dinossauro que o paleontologista Dale Russell criou uma teoria de como o Troodon se desenvolveria se não fosse extinto no evento K-T.

A ideia dele era que o animal evoluiria tanto a ponto de tomar uma forma quase humana e ter uma grande inteligência. Então Russell resolveu criar um modelo do dinossauro em tamanho natural e uma outra do ser que ia ser o descendente do Troodon.
Escultura do Troodon de Russell e Sequin
© Autor da foto desconhecido
Caso conheça favor entrar em contato

Com a ajuda do taxidermista (profissional que empalha animais) e artista Ron Sequin, ele modelou este ser imaginário que chamaram de Dinossauróide.
Escultura do Dinossauróide
© Cryptonaut Close do rosto do Dinossauróide
© Autor da foto desconhecido
Caso conheça favor entrar em contato
A hipótese desta evolução foi tida como plausível para alguns pesquisadores, como David Norman e Cristiano dal Sasso, porém outros como Gregory S. Paul acreditam que o animal está com uma "humanização suspeita", ou seja, não quer dizer que porque nós humanos somos inteligentes, que todo animal inteligente deve ter aparência semelhante.
O Troodon foi encontrado em Montana - Estados Unidos, nas Formações Judith River e Two Medicine. Além destas, fósseis foram recuperados na Formação Horseshoe Canyon de Alberta - Canadá e nas famosas Formação Lance e Formação Hell Creek, dos Estados Unidos.
Parece que o Troodon preferia áreas menos quentes, ficando nestes locais nas primaveras do período Maastrichtiano. Existem hoje tantos fósseis deste animal, de lugares tão diferentes e distantes entre si, que é muito cedo para afirmar que todos eram da espécie Troodon formosus, pois geralmente animais com grande população tem subespécies diferentes.
A aparência dos pés, crânio e da sua garra curva não deixou dúvidas de que era um predador. Porém seus dentes eram estranhos e tem certas características que levam os cientistas a pensar que era um animal onívoro, ou seja, como tanto carne quanto plantas. A visão estereoscópica seria útil ao calcular distâncias para atacar uma presa e as mãos seriam boas para segurar a presa enquanto a mordia.
Dentes desta espécie já foram encontrados no Alaska, porém estes eram bem maiores que os encontrados nos demais sítios fossilíferos, indicando que os Troodons daquele lugar eram maiores. Acredita-se que lá eles podiam crescer mais porque podiam caçar presas grandes, pois não havia tiranossaurídeos, então não havia competição por presas. Como o Alaska, mesmo naquela época devia ser mais frio do que o resto do continente, os grandes predadores não viviam lá e as presas maiores ficavam disponíveis para os Troodons, que cresceram mais para caçá-las.
No mesmo local e época em que viveu o Troodon, viveram outros dinossauros famosos como o ceratopsiano Einiosaurus, o tiranossaurídeo Daspletosaurus, o famoso "lagarto boa mãe" Maiasaura, além do gigantesco pterossauro Quetzalcoatlus. Como presas este pequeno carnívoro devia investir nos Orodromeus e outros filhotes de dinossauros. Talvez comessem ovos ou ficassem à espreita de ninhos para comer os filhotes. Outros acreditam que caçava insetos e pequenos mamíferos durante a noite.
Estudando mais a fundo os padrões de desgastes dos dentes destes dinossauros, chegou-se à conclusão que eles até poderiam ser onívoros, mas a maior parte da dieta era de carne, porque os desgastes eram compatíveis com alimentos moles e não com plantas e ossos duros.
Observando outros aspectos da vida deste animal, os pesquisadores tiveram boas pistas de como se reproduzia, pois já foram encontrados ninhos com ovos e embriões dos filhotes fossilizados. O primeiro ninho foi encontrado em 1983 por John Horner. No ano seguinte, no mesmo local Horner localizou ovos e embriões, que determinou ser de Orodromeus, um dinossauro herbívoro de pequeno porte. Somente em 1996 é que Horner e um colega examinaram os restos e definiram que eram do Troodon e não do herbívoro. Novos estudos em 1997, com base em um esqueleto encontrado sobre 5 ovos, em posição de postura, os quais deram mais certeza que todos os ninhos e ovos eram mesmo do carnívoro. Foi possível determinar a exata estrutura dos ninhos, que tinham em torno de 1 metro de diâmetro, feitos em forma circular com uma elevação servindo como bordas, uma espécie de "cerca". Os ninhos eram feitos com sedimentos, terra, areia, etc; e continham geralmente entre 16 e 24 ovos cada.
Troodon cuidando dos ovos no seu ninho
© Frank DeNota
Os ovos tinham uma forma alongada parecida com a de uma gota e segundo observações, a parte mais fina ficava voltada para baixo meio enterrada no substrato, enquanto que a parte mais larga, ficava inclinada em um ângulo que deixava esta parte do ovo mais próximo do centro no ninho.
Ovo de Troodon: aparência externa e interna
© Dorling Kindersley

Os ovos eram agrupados em pares, indicando que deviam ter duas tubas uterinas, botando dois ovos praticamente juntos de cada vez, como os crocodilos. Segundo os cientistas, o comportamento reprodutivo do Troodon é intermediário entre aves e crocodilos, pois como vimos, os ninhos e o possível ato de chocar o aproxima das aves. Outra hipótese é que o animal botasse os ovos aos poucos até ter um ninho grande para só então incubar os ovos, o que faria os ovos chocarem todos ao mesmo tempo, permitindo uma maior quantia de filhotes e melhor chance de sobrevivência. Parece que os filhotes assim que nasciam saíam do ninho, pois jamais foram encontrados indícios de que os pais ficassem cuidando dos pequenos até crescerem, mesmo porque não necessitavam, conclusão obtida com a análise dos ossos dos recém nascidos, o que mostrou que os esqueletos eram muito bem desenvolvidos já no momento da eclosão dos ovos, permitindo aos novos moradores do local que logo saíssem para viver por sua própria conta.
Acredita-se que a incubação dos ovos durava entre 45 a 65 dias, com a mãe sobre os ovos, pois como era um animal relativamente leve e pequeno isto era viável. O estudo do fóssil encontrado sobre o ninho com os cinco ovos, indica que este espécime poderia ser uma fêmea que botava os ovos e morreu no processo, porém a causa da morte é ainda um mistério. Outro hábito reprodutivo que os paleontólogos acreditam ter sido comum neste dinossauro é que somente o macho ficava chocando os ovos, sentado sobre os mesmos, a aquecê-los o que acontece atualmente com muitas aves.
O Troodon, mesmo com todos os problemas de classificação é um dinossauro relativamente famoso. Frequentemente é retratado em documentários, como é o caso do episódio Das - O Caçador, de "Dino Planet", lançado pelo Discovery Channel. Neste episódio ele aparece em bando, com penas e mostrando sua grande inteligência ao caçar os Orodromeus.
Troodon do episódio Das - O Caçador
© Discovery Channel
Na continuação, chamada "Dino Planet 2", no episódio chamado A Viagem de Pod, um Pyroraptor acaba indo parar em uma ilha de dinossauros anões, na qual existe também um bando de Troodons anões muito espertos, que se aliam ao parente maior para sobreviver.
Troodons anões do episódio A Viagem de Pod
© Discovery Channel
Na série documental "Prehistoric Park" (Parque Pré-Histórico), com Nigel Marven, alguns Troodons são trazidos por engano para o nosso tempo, quando Nigel volta para capturar animais no passado. Além destes episódios, outras mídias já representaram este dinossauro, como livros , desenhos entre outros, mas não obtiveram tanto destaque como os documentários já mencionados.

Fontes


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Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008

Terópodes

Hoje conhecemos mais de 1000 espécies de dinossauros, grandes e pequenos, com dietas e formas variadas, que viveram espalhados em diversas áreas do mundo. Como os animais atuais, o homem criou termos que pudessem classificar estes répteis extintos, alguns deles em um grupo, outros em outros, mas todos os grupos no final se juntam dentro de um reino apenas, o Reino Animalia ou Reino Animal.
Hoje, pretendo abordar nesta postagem apenas um grupo de dinossauros, os quais têm características em comum, o que faz com que sejam inseridos no mesmo conjunto de animais, os Terópodes.
A palavra Terópode (em inglês Theropoda), significa "Pés de Monstro" ou " Pés de Besta", foi primeiramente usada por Othniel Charles Marsh, seu criador, em 1881, como uma subordem, para incluir a família Allosauridae.
Pés de um Tyrannosaurus rex, parece o pé de um monstro?
©
Arte de Gabriel Lio/ Adaptação João Pedro S. Ricardo

Mais tarde o grupo foi reorganizado como Ordem, para abrigar todos os dinossauros carnívoros, mas além destes, Marsh inseriu no mesmo grupo os ancestrais dos Saurópodes, pequenos e médios herbívoros com pescoço mais fino e longo, mas que para sua época eram bem grandes, pois a maioria viveu no Triássico.
O que não estava nos planos de Marsh, era o fato de o seu grande rival, Edward Drinker Cope já ter criado uma Ordem para agrupar os dinossauros carnívoros, chamada Goniopoda, que significa "Pés com ângulo", devido ao ângulo do pé, que somente fica apoiado nos dedos. Então a denominação de Cope deveria ser usado por ter sido criado antes, em 1866.
Mesmo assim, o "Theropoda" criado por Marsh, teve grande utilidade na classificação, a partir da aparência dos pés dos dinossauros, que segundo eles se assemelhavam aos pés de um monstro.
Estes dinossauros são classificados da seguinte forma, a começar pelo reino:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Sauropsida
Superordem:
Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem:
Theropoda
A seguir, a subordem Theropoda se subdivide em 6 Infraordens, que por sua vez se subdividem em clados, famílias e superfamílias, são elas as seguintes.

Obs:
Abaixo estão somente 5 Infraordens, a 6º é chamada Aviale, composta pelas aves, não é citada.

Subordem Theropoda
  • Agnosphitys
  • Chindesaurus
  • Guaibasaurus
Infraordem Ceratosauria
  • Família Ceratosauridae
  • Superfamília Abelisauroidea
  • Superfamília Coelophysoidea
Clado Tetanurae
  • Superfamília Spinosauroidea
  • Infraorder Carnosauria
  • Superfamília Allosauroidea
Clado Coelurosauria
  • Família Coeluridae
  • Família Compsognathidae
  • Superfamília Tyrannosauroidea
Infraordem Ornithomimosauria
Clado
Maniraptora
  • Família Scansoriopterygidae
  • Superfamília Therizinosauroidea
Infraordem Deinonychosauria
  • Família Dromaeosauridae
  • Família Troodontidae
Infraordem Oviraptorosauria

Por algum tempo aceitou-se este termo, mas alguns paleontologistas no início do século XX afirmaram que os dinossauros carnívoros não poderiam formar um grupo natural, assim sendo o termo Theropoda passou a ser ignorado e o termo Saurischia foi empregado. Friedrich von Huene foi um destes paleontologistas, ele criou duas subordens, Coelurosauria (na qual abrigou dos pequenos carnívoros) e Pochypodosauria (para os grandes carnívoros e Prossaurópodes, que eram considerados carnívoros). Com novos estudos, por exemplo, a descoberta do Deinonychus, o primeiro dromaeosaurídeo, publicada por Barnum Brown em 1922, foi proposta a remoção dos dinossauros Prossaurópodes do grupo dos dinossauros carnívoros e a reutilização da palavra Goniopoda, para definir novamente os animais, no entanto a ideia não agradou a todos e não foi aprovada.
Somente em 1956 a Ordem até então conhecido como Saurischia foi modificado por Alfred Romer, que a subdividiu em duas Subordens diferentes das anteriores, Theropoda e Sauropoda, classificação que permanece até hoje, com apenas algumas modificações.
Hoje, crocodilos e os herbívoros citados anteriormente não pertencem mais à subordem Theropoda, são considerados parentes mais distantes. Os herbívoros hoje são classificados como Prossaurópodes, ancestrais dos grandes "dinos pescoçudos".
Nesta classificação incluímos hoje os dinossauros bípedes, carnívoros, alguns poucos herbívoros e onívoros. A maioria tem dieta com base em carne, porém no Cretáceo, muitos desenvolveram alimentação exclusivamente herbívora, como é o caso do Therizinosaurus. Outros como o Ornithomimus, Gallimimus eram provavelmente onívoros.
Os animais que compõe esta Infraordem, eram diversificados em alimentação como vimos, também variavam em tamanho, forma e aparência, enquanto os maiores Terópodes chegavam a medir até 17 metros de comprimento (Spinosaurus), os menores, não chegavam a medir um metro como o Epidexipteryx, com 25 centímetros, fazendo com que fossem os menores dinossauros.

Terópodes Tetanúreos
© Frederik Spindler

Legenda dos animais da imagem acima, observe pelo número.
1-Torvosaurus

2-Eustreptospondylus

3-Piatnitzkysaurus

4-Megalosaurus

5-Afrovenator

6-Cryolophosaurus


Alguns deviam ter aparência semelhante à dos répteis e crocodilos, porém, hoje a teoria mais aceita é a de que os dinossauros eram mais próximos das aves do que de répteis. Achados comprovam que algumas espécies tinham penas, ossos ocos e aberturas no crânio, chamadas fenestras, que deixavam o corpo mais leve. Também há restos de dinossauros com fúrcula, um osso do peito, em forma de forquilha, que também é presente nas aves atuais. Você já deve ter visto e ouvido alguém falando do "Osso da Sorte", quando come um frango, um ossinho fino em forma de forquilha, pois é um osso como este que os dinossauros tinham, porém bem maior. Veja abaixo a relação dos animais nos quais encontra-se a fúrcula.
  • Aves.
  • Dromaeosauídeos
  • Oviraptorídeos
  • Tyrannosaurídeos
  • Troodontídeos
  • Coelophysídeos (Syntarsus e Coelophysis)
  • Allosauroides incluindo: o novo allosaurídeo do Monumento Nacional do Dinossauro, Allosaurus fragilis, o qual a fúrcula foi identificada erroneamente por anos como uma gastrália, e o novo carcharodontosaurídeo da Argentina.
Os pés, que deram o nome ao grupo, também são muito semelhante aos pés das aves atuais, com três dedos que tocam o chão servindo de apoio, enquanto o calcanhar fica levantado, como se estivessem andando de salto alto.
Além disto, eles botavam ovos e talvez os menores até chocassem até que os filhotes pudessem eclodir.
Estes animais surgiram no final do período Triássico, foram diversificando-se e evoluindo, até dominarem os ecossistemas do Jurássico e Cretáceo e provavelmente com o decorrer das eras modificaram-se para que se transformassem no que hoje conhecemos como aves.
O paleontólogo Gregory S. Paul, propôs que os terópodes mais evoluídos descendem de aves como o Archaeopteryx, do Jurássico, que teriam perdido a capacidade de vôo e voltado a uma condição terrestre, ao contrário do que geralmente se ouve dizer, pois acredita-se que aves e dinossauros avianos como o Archaeopteryx evoluíram diretamente para aves. Somente mais provas fósseis podem comprovar a tese de Paul, o que nos resta é aguardar as novas descobertas.
Archaeopteryx, uma ave primitiva ou dinossauro?
© Felipe Alves Elias
Provavelmente estes répteis tinham sangue quente, pois seu crescimento parece ser rápido em determinadas épocas da vida, principalmente na juventude. Para crescer rápido, gastam muita energia e assim necessitam repor a mesma caçando e comendo muito. Somente um metabolismo movido à sangue quente suportaria a vida assim.
Outra característica dos Terópodos são os movimentos limitados pela sua anatomia, como os movimentos dos membros anteriores por exemplo, que eram restritos à poucos movimentos de dedos. Os ossos do braço não permitiam que o animal girasse o punho, como os mamíferos primatas, então a palma da "mão" ficaria voltada para trás, ou para dentro do corpo, não permitindo nenhuma manipulação de objetos ou presas.
Somente alguns poucos dinossauros predadores tiveram dedos móveis e mais flexíveis, como os mais primitivos Dilophosaurus e Herrerasaurus ou alguns maniraptores, como Deinonychus ou Velociraptor, pois dispunham de um osso no punho em forma de meia-lua.
Os grandes Terópodos poderiam ter dificuldade em correr e fazer curvas durante a corrida, devido ao comprimento do peso e à massa distribuída em apenas um ponto de apoio.
Mesmo com estes pequenos problemas, os animais que compõe esta categoria de seres vivos foram incríveis, até hoje são aclamados como grandes predadores e povoam a imaginação de crianças e adultos no mundo todo. A cada ano novas descobertas nos revelam animais mais impressionantes, do já muitíssimo conhecido Tyrannosaurus rex, ainda tido como o "Rei dos Dinossauros" até o maior raptor já descoberto, o Austroraptor recentemente descoberto na Argentina, variando de tamanhos, formas e até de "enfeites" como cristas e penas, os Terópodes são tema de diversos livros, filmes e desenhos animados, utilizados como vilões na mídia, geralmente perseguindo os protagonistas nos filmes ou como "chefes" a serem derrotados em jogos de vídeo-game. O que importa é que a cada dia que passa, novas pessoas interessam-se nestes incríveis animais, procurando conhecê-los ao fundo. Sem dúvida, estão entre os mais impressionantes seres vivos que já viveram no Planeta Terra.

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Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2007

Giganotossauro

© Todd Marshall © Joe Tucciarone

Nome científico: Giganotosaurus carolinii.
Significado do Nome: Lagarto Gigante do Sul.
Tamanho: cerca 15 metros de comprimento e 5,5 metros de altura.
Peso: cerca de 6 a 8 toneladas.
Alimentação:Carnívora.
Período: Cretáceo Inferior.
Local: Patagônia - América do Sul.

Veja onde viveu o terror Sul Americano!
© Mapa modificado por João Pedro S. RicardoVeja quando viveu o Giganotosaurus!
© João Pedro S. Ricardo
O maior dinossauro do grupo dos Terópodes encontrado no hemisfério Sul foi o Giganotosaurus carolinii, nome que provém do Grego Antigo, Giga = gigante, Notos = vento sul e Saurus = lagarto, o que é entendido como "Lagarto Gigante do Sul". O nome foi escolhido por Ruben Carolini, um paleontologista amador, que encontrou os fósseis em 1993 na Formação do Rio Limay, daí o nome da espécie ser carolinii, uma homenagem ao descobridor. Em 1995 os paleontólogos profissionais, Rodolfo Coria e Leonardo Salgado, que ajudaram nas escavações do animal, descrevem-no formalmente com um artigo na revista Nature, apresentando-o como o maior Terópode do hemisfério Sul e talvez do mundo.
Aparência do Giganotosaurus
© John Burris

O fóssil de Ruben Carolini, que foi considerado o Tipo da espécie, estava bem preservado, chegando a ter 70% dos ossos conservados, incluindo um crânio de 1,80 metros, pernas, vértebras, púbis e pelvis, o que permitiu uma boa descrição e reconstituição do animal, que teve seu tamanho estimado em 12,5 metros de comprimento. Mas o solo da Patagônia reservava mais um tesouro a ser descoberto, que não tardou a ser encontrado. Um novo fóssil do animal, que era maior que o anterior, cerca de 8% mais grande, com um crânio estimado de 1,95 metros, sendo talvez o maior dentre os dinossauros carnívoros. Seu comprimento total foi estimado em 13,2 metros e cerca de 5.2 toneladas, o que o transformou no novo superpredador da era Mesozóica, muitos paleontologistas e admiradores da paleontoliga admiravam o animal, pois é maior ainda que o Tyrannosaurus rex, mesmo que por apenas 1 metro de diferença.
Comparação entre Giganotosaurus e Tyrannosaurus
©
Greg Paul

No entanto o Terópode sul-americano tinha um cérebro bem menor que os Tiranossaurídeos, além de dentes menores e mais "regulares", ou seja, quase todos do mesmo tamanho. Enquanto o T.rex tinha dentes bem maiores, talvez os maiores já conhecidos, porém mais "irregulares", de tamanhos variados. Assim como o predador americano, o Giganotosaurus tinha uma cavidade olfativa grande, indicando um aguçado olfato, além de ser relativamente veloz, segundo Blanco e Mazzetta podia correr a uma velocidade de 49 quilômetros por hora.
O Giganotosaurus pode ser classificado como um Terópode, da família Carcharodontosauridae, a qual abriga a subfamília Giganotosauridae, criada para abrigar este dinossauro e seu parente mais próximo o Mapusarus.
Assim como outros terópodes o Giganotossauro era carnívoro, usava de suas garras, dentes e velocidade para capturar presas como os Iguanodontídeos ou outros animais menores que viviam junto com ele no Cretáceo Inferior da Argentina.
Giganotosaurus atacando Telenkauen
© BBC
No entanto próximo ao local exato dos fósseis do Giganotossauro, foram encontrados fósseis de dinossauros Saurópodes, o que talvez indique que ele caçasse estes animais, mesmo que tivessem mais que o dobro do seu tamanho. Como diz o dito popular, "A união faz a força", o "Lagarto Gigante do Sul" deve ter adotado este sistema para atacar presas de grande porte, como o Argentinossauro. Mesmo grande, um Giganotossauro não poderia matar um Argentinosaurus adulto, então com ajuda de outros Giganotossauros eles perseguiam a presa e aos poucos iam enfraquecendo-a com mordidas, até que esta não pudesse mais reagir.

Giganotossauros caçando em bando
© Todd Marshall
Brigas entre os membros da mesma espécie deveriam ser raras na Patagônia do Cretáceo, mas não quer dizer que não acontecessem. Talvez os grandes carnívoros lutassem entre si, por território ou por direito de acasalar com uma fêmea. Como parecem ter vivido em bando, talvez estes predadores, os machos, lutassem para definir o quem seria o líder do grupo.
Giganotossauros, uma Luta de Titãns
© Bruno Hernandez

Os restos originais desde enorme carnívoro estão na Argentina, no Museu Municipal de Carmen Funes, junto com tantos outros achados da região, mas réplicas de seu esqueleto estão espalhadas em museus do mundo todo!
Réplica do Giganotosaurus no museu de Sidney - Austrália
©
Darrick Chiu
Graças ao seu tamanho avantajado, maior que o do T.rex, o lagartão sul-americano ganhou o gosto do público, sendo cada vez mais reconhecido na mídia, como por exemplo nos documentários sobre a vida dos dinossauros. Uma destas produção é o programa Caminhando com os Dinossauros Especial, episódio Terra de Gigantes, onde Nigel Marven visita a Argentina no Cretáceo inferior e encontra o grandalhão caçando um Iguanodontideo chamado Telenkauen, e até um Argentinosaurus, porém com a ajuda de um bando. Inclusive Nigel é atacado por um Giganotosaurus, mas sua sorte é ter um jipe com que pode correr bem mais que o animal.
Giganotosaurus de Land of Giants
© BBC
Outro documentário que mostra este dinossauro é o Dinossauros - Gigantes da Patagônia, lançado pela IMAX, mas indisponível em DVD no Brasil.
Giganotosaurus de "Dinossauros - Gigantes da Patagônia"
© IMAX

Em jogos também é famoso, conhecido de Dino Crisis 2, é mostrado como o " Chefe Final" do jogo, sendo seu tamanho exageradamente aumentado, de seus normais 15 metros para 20 metros de comprimento, tornando-o capaz de matar um T.rex com apenas uma mordida. Mas a fama do maior carcharodontosaurídeo não vai ficar por aí não, cada vez mais tem ganhado espaço na mídia, sendo que ira fazer uma aparição na série de TV britânica Primeval, na 3º temporada prevista para 2009, onde conseguirá chegar a uma cidade por meio de falhas no tempo/espaço, conhecidas na série como "anomalias". Infelizmente para a fama deste animal, logo depois dele ter sido anunciado como o maior dos dinossauros carnívoros, a hipótese de que o Spinosaurus tivesse em torno de 17 metros foi confirmada, porém nem isto o deixou menos imponente.

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Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2007

Dilofossauro

© H. Kyoht Luterman© Gregory S. Paul
Nome científico: Dilophosaurus wetherlli, D. sinensis.
Significado do Nome: Lagarto de Duas Cristas.
Tamanho: cerca de 6 metros de comprimento e 2,5 metros de altura.
Peso: 600 kg.
Alimentação: Carnívora.
Período: Jurássico inferior.
Local: Arizona - Estados Unidos (talvez China).

Veja onde viveu o Dilophosaurus
© Mapa modificado por João Pedro S. RicardoVeja quando viveu o Dilophosaurus
© João Pedro S. Ricardo
Sam Welles foi o descobridor do primeiro Dilophosaurus, em 1942, na Formação Kayenta, o qual foi levado até Berkeley para ser preparado para estudo, incluindo remoção do excesso de rocha dos ossos e montagem do animal, que foi primeiramente nomeado Megalosaurus wetherlli.
Esqueleto do Dilophosaurus © UC Museum of Paleontology
O pesquisador Welles só retornou ao local do achado 10 anos depois, para estudar as rochas e determinar de qual período era o dinossauro. Nesta expedição ele encontrou, não longe do local onde havia encontrado o primeiro fóssil, um novo espécime da mesma espécie, que estava com as cristas duplas perfeitamente preservadas, permitindo uma melhor descrição e uma mudança no nome, para Dilophosaurus, que significa "Lagarto de duas cristas". O primeiro espécime também possuía cristas, mas elas estavam "grudadas" juntas, parecendo apenas um osso, que imaginaram ser da face, que teria sido deslocado com a ação do tempo.
Cabeça de Dilophosaurus
© Gabriel Lio
Outra espécie foi encontrada em 1987, na China, nomeada por Shaojin Hu em 1993 como Dilophosaurus sinensis, mas parece ser muito diferente do parente americano, então pode pertencer a outro gênero, talvez mais próximo do dinossauro Criolophosaurus. Tinha várias diferenças no crânio, como forma da crista e nas fenestras, além de não apresentar a "fissura" na mandíbula superior.
Dilophosaurus sinensis
© John Burris

A espécie Dilophosaurus breedorum é baseado em um espécime também nomeada por Welles, mas descrito apenas em um estudo privado e na maioria dos casos é tida como inválida ao gênero Dilophosaurus, podendo ser um sinônimo da espécie Tipo, no entanto, outras vezes o próprio Welles diz que é uma espécie diferente de D. wetherlli. A crista dupla do animal foi reconstruída a partir deste fóssil.
Reconstrução do Dilophosaurus wetherlli
© Melissa Frankford

O Dilofossauro foi um Terópode médio do jurássico inferior, sua crista dupla em forma de um "V" é sua característica mais notável, possivelmente foi colorida e usada para impressionar fêmeas e machos rivais. Robert Gay publicou um estudo afirmando que a crista deveria variar de tamanho de acordo com o sexo do animal. Talvez o macho dominante ou o mais velho possuísse crista mais colorida ou maior. Viveu na América do Norte, e se alimentava de carne de outros dinossauros. Seus dentes eram longos, porém finos, inclusive na base. Um espécime deste animal tinha no crânio uma espécie de fenda na mandíbula superior, deixando o animal com um focinho mais fino, assemelhado ao dos crocodilos ou até mesmo dos Spinosaurideos. característica bem marcante, formada por uma ligação fraca os ossos maxilares e pré-maxilares.
Observe o focinho afinado do Dilophosaurus
© H. Kyoht Luterman

Alguns paleontólogos dizem que ele se alimentava de carniça porque sua mandíbula seria fraca demais devido a esta fissura, assim se lutasse com um outro dinossauro, ou tentasse segurar com força poderia quebrá-la. Talvez ele usasse os braços e pernas para caçar, se ele realmente o fizesse, pois isso talvez compensasse a fraqueza do crânio. Um animal de 6 metros de comprimento, pesando em torno de 500 a 600 quilos, precisaria comer bastante carne para sobreviver. Seus pés eram como o da maioria dos Terópodes conhecidos, tinha três dedos, sendo do do meio o mais longo. Confira abaixo a foto do fóssil do pé deste carnívoro primitivo.
Tinha um pé com 3 dedos, bem característico dos Terópodes © UC Museum of Paleontology

Já suas "mãos" eram diferentes, pois ele era um Terópode mais primitivo, um Ceratossaurídeo, então tinha nos membros dianteiros quatro dedos, sendo que um deles parece ser oposto aos outros, como um polegar, permitindo uma habilidade maior na hora de agarrar algo.
Observe, a mão tem 4 dedos
©
UC Museum of Paleontology
Talvez caçasse por emboscadas, observando a presa de longe para surpreendê-la
© H. Kyoht Luterman

No filme Jurassic Park, o Dilofossauro é mostrado diferente de como realmente era, pois o seu tamanho era demasiado pequeno e ainda era capaz de cuspir veneno. Além destas características tinha um colarinho de pele que ficava dobrado ao redor do pescoço como nos atuais Lagartos de Colarinho. Não existem provas de que o Dilofossauro tivesse tais características que foram criadas pelo escritor Michael Crichton, para o livro Jurassic Park, que serviu de base para a adaptação no cinema. É muito improvável que o Dilofossauro cuspisse veneno, pois não há indícios concretos de que ele possuísse tal defesa ou arma para caça. Outra diferença é a forma do crânio, que no animal real é afinado e com uma pequena reentrância, que no personagem do filme não aparece, sendo o crânio totalmente igual em toda a extensão das mandíbulas, tanto superior, quanto inferior, sem qualquer fenda ou irregularidade, o que conferiu ao animal uma aparência mais "robusta" na cabeça.
Graças ao filme hoje o Dilofossauro é relativamente famoso, mas com a sua fama também se perpetuaram os erros anatômicos mostrados no longa metragem.
Dilophosaurus (Spitter) de Jurassic Park
© Universal PicturesDilophosaurus com anatomia correta
© Joe Tucciarone

Além de Jurassic Park, este dinossauro foi mostrado no documentário "When Dinosaurs Roamed America", do Discovery Channel, como sendo um dos primeiros predadores de médio porte do Jurássico inferior, no qual ele caça um Prossaurópode chamado de Anchisaurus. Frequentemente este dinossauro é usado como base para fabricação de bonecos ou jogos sobre o mesmo, como é o caso das coleções Carnegie, Battat entre outras marcas de miniaturas, que já o fabricaram. Foi tema do fascículo nº 20 da coleção Descobrindo o Mundo dos Dinossauros, lançada pela editora Salvat, em parte da Europa e América Latina. No Brasil também aparece no Álbum Dinossauros do Chocolate Surpresa lançado pela Nestle em 1993.
Dilophosaurus do álbum da Nestle
© Nestle



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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007

Velociraptor

Velociraptor versão reptiliana
© Joe TucciaroneEsqueleto de Velociraptor
Desenho menor mostra partes encontradas, o maior o esqueleto reconstruído

©
Scott Hartman
Nome científico: Velociraptor mongoliensis e V. osmolskae.
Significado do Nome: Ladrão Veloz.
Tamanho: Cerca de 180 de comprimento e 50 centímetros de altura nos quadris.
Peso: 15 a 20 quilos aproximadamente.
Alimentação:
carnívora.
Período: Cretáceo, entre 80 e 65 milhões de anos.
Local: Mongólia - Ásia.

Onde viveu o Velociraptor?
Veja no mapa!
© Mapa modificado por João Pedro S.RicardoVeja quando viveu o velociraptor!
Indicação em vermelho na tabela.
© João Pedro S.Ricardo

O Velociraptor foi um pequeno dinossauro carnívoro, viveu no período Cretáceo na Mongólia e China, países Asiáticos. Sua existência foi conhecida em uma expedição de paleontólogos Americanos ao Deserto de Gobi - Mongólia entre 1922 e 1924. Foi nomeado em 1924 por Henry Fairfield Osborn, pesquisador estadunidense que escolheu seu nome e criou o novo gênero "Velociraptor". O nome do animal significa Ladrão veloz da Mongólia e tem origem das palavras provenientes do Latim, Velox = rápido, veloz e a palavra Raptor = ladrão, saqueador. A palavra mongoliensis significa "que vem da Mongólia" ou " que é da Mongólia" em homenagem ao país onde acharam o fóssil.
O primeiro fóssil continha apenas o crânio completo, mas esmagado, e as garras do pé, que inclusive Osborn pensou pertencerem à mão do animal. Em uma publicação o animal foi citado com o nome de OVORAPTOR ( não confunda com OVIRAPTOR). Mas devido a este nome não ter sido publicado oficialmente foi ignorado pela comunidade científica e o nome Velociraptor prevaleceu.
No início inserido na família Megalosauridae, como todos os carnívoros na época, devido ao Megalosaurus, primeiro dinossauro descoberto. Agora corretamente classificado como um dinossauro Sauriquiano, terópode, pertencente ao clado Tetanurae e Coelurosauria, que por sua vez compreendem a família Dromaeosauridae.
O Velociraptor comprovou que animais da Ásia de certa forma deviam ter ancestrais em comum com animais da América do Norte, pois tem parentesco próximo com Dromaeosaurus.
Nos anos seguintes várias expedições de paleontólogos de diversas nacionalidades encontraram espécimes muito bem preservados do Velociraptor, incluindo um dos mais espetaculares achados de todos os tempos, um Velociraptor agarrado a um Protoceratops, sendo que seu braço era mordido pelo bico do herbívoro enquanto o pé com a garra tentava acertar a garganta da presa. Nesta posição morreram misteriosamente e seu fóssil preservou a cena. Alguns acharam que morreram afogados, mas como no Cretáceo o Gobi já era desértico, pois as rochas onde estavam os fósseis são formadas de areia compactada, é improvável que ali houvesse água suficiente para que se afogassem. Talvez foram soterrados em uma tempestade de areia e ali permaneceram. Mas podemos crer que algo aconteceu com os restos durante os 65 milhões de anos, pois faltavam 3 das 4 pernas no Protoceratops. Pode ser que os restos acabaram parcialmente descobertos, talvez o vento varreu parte da areia deixando as pernas do herbívoro à mostra para que carniceiros as comessem. logo em seguida a areia recobriria o fóssil para selar a cena de um batalha pela vida, pelos próximos 65 milhões de anos. A decomposição pode ser outro fator, mas seria meio estranho, porque se as pernas decompuseram-se o resto deveria ter sofrido o mesmo processo.
Um espécime do "ladrão Veloz" foi curiosamente apelidado de Ichabodcraniosaurus, em referência ao personagem Ichabod Crane, da lenda do Cavaleiro sem cabeça, porque o fóssil não continha o crânio do dinossauro.
Depois de tantos fósseis encontrados, outra espécie de Velociraptor foi nomeada, baseada em fósseis de um crânio fragmentado e alguns outros ossos encontrados em 1999. Nomeado Velociraptor Osmolskae por Godefroit, Currie, Li, Shang e Dong em 2008, em homenagem ao paleontólogo polonês Halszka Osmólska, que muito contribuiu na pesquisa de terópodes na Ásia.
Todos os fósseis encontrados do Velociraptor estavam em formações rochosas da Mongólia, e China, sendo elas Formação Djadochta e na Formação Barun Goyot. Nestas formações foram encontrados diversos tipos de dinossauros, de ceratopsianos como o Protoceratops até grandes terópodes. Nesta lista incluem-se também ankylosaurideos, como o Pinacosaurus. Além destes haviam outros tipos de Dromaeosaurideos e Alvarezsaurideos.
A idade das rochas destas formações estão estimadas em aproximadamente 83 a 70 milhões de anos, idade que compõe as idades Santoniano e Campaniano, que fazem parte do Cretáceo Superior.
Este animal devia ser bem ágil. Atingindo apenas 1,80 metros de comprimento e aproximadamente 90 centímetros de altura se assemelhava a um peru em tamanho, mas mesmo assim era um predador feroz e inteligente. Não pesava muito mais que 20 quilos, massa corporal que lhe dava vantagem na hora de correr. Para capturar presas rápidas utilizava sua agilidade e um crânio leve, dotado de mandíbulas com cerca de 2o dentes de borda serrilhada, que ao morder ajudavam a reter a presa por mais tempo até dominá-la. Seu crânio era incrivelmente curvado para cima na parte superior, chegando a medir até 25 centímetros de comprimento na idade adulta.

Crânio do 1º Velociraptor descoberto
Exposto no Museu Americano de História Natural

© Ideonexus

Possuía braços alongados dotados de 3 dedos com garras, que tinham uma estrutura e flexibilidade como a asa dos pássaros atuais, permitindo que os dedos fossem usados para segurar, além de ter a "palma" da mão virada para dentro e não para baixo como se imaginava. Dos dedos da mão o do meio era o mais longo e o primeiro o menor deles. Seus braços eram fortes porque o Velociraptor possuía uma característica especial, havia nele uma clavícula, ossos responsáveis por dar potência aos braços.
Seu pé possuía 4 dedos, o primeiro conhecido como halux é bem pequeno e nem chega a tocar o solo, fica meio atrofiado. Dos três restantes, dois eram usados para caminhar e o 2º dedo, mal tocava o solo, pois possuía uma garra que antes Osborn afirmou ser da mão. A garra é a marca registrada deste animal e de todos os Dromaeosaurideos, tinha uma forma de foice e podia chegar a 6,5 centímetros no Velociraptor, pequena se comparada à do Deinonychus e do Utahraptor, além do recentemente descoberto na Argentina Austroraptor, agora considerado o maior da família. Para evitar que a garra enroscasse no solo, se quebrasse e mesmo fizesse o animal cair, o mesmo caminhava com o dedo levantado por fortes tendões.
A garra devia servir como arma, mas ao contrário do que se pensava, ela não era forte e afiada o suficiente para retalhar a carne, a parte de baixo era arredondada e não cortante, no máximo seria usada para arranhar e perfurar partes moles e vitais, como a garganta, atingindo veias e possivelmente a traqueia.
Em um documentário da rede BBC, intitulado "The Truth About the Killer Dinosaurs" ( A verdade sobre os dinossauros assassinos), cientistas montaram, com uma equipe mista de paleontólogos, mecânicos, escultores e técnicos em biomecânica, modelos das armas dos animais extintos escolhidos para o teste. Um deles foi o Velociraptor, do qual reproduziram a perna com a garra do pé, feita de material que teria a mesma resistência do osso da garra original. No testes a garra foi capaz de rasgar somente um pedaço de camurça. No entanto, quando utilizada em um pedaço de carne com pele, a parte da barriga de um porco, a garra fez um pequeno furo na pele e nada mais. Em um pedaço de couro de crocodilo a garra nem provocou arranhões, pelo contrário, acabou com a ponta quebrada. Se tiver curiosidade de ver, o documentário foi lançado no Brasil em DVD pela editora Abril, como especial da Revista Mundo Estranho, com o título Dinos Assassinos.
O resultado afirma, que somente um furo seria causado em um ataque, mas a garra teria que atingir uma área mole com a pele mais fina. Contudo esses testes foram feitos uma única vez, pelos cientistas, sem que nenhum outro pesquisador repetisse a experiência, por isto o resultado não pode ser considerado absolutamente correto.
O Velociraptor era um dinossauro ágil e devia correr muito nas perseguições à presas, mas uma cauda longa como a dele atrapalharia a estabilidade. Por este motivo sua cauda tinha estruturas ósseas na parte superior e tendões ossificados na parte de baixo. Estas estruturas faziam com que a cauda ficasse rígida quando corria, levantada para cima, impedindo que a cauda movimentasse verticalmente e descontroladamente, o que tiraria toda a estabilidade.
Porém isso não impedia que a cauda tivesse certa mobilidade, pois um espécime apresentava a cauda curvada em forma de S, sinal de que a cauda dobraria-se muito bem horizontalmente.
Em 2007 os paleontólogos Alan Turner, Peter Makovicky, Mark Norell e mais alguns colegas descobriram sinais de plumagem no Velociraptor, o que confirma a teoria de uma aparência com plumagem e penas. A confirmação veio porque no fóssil examinado encontraram certas marcas nos ossos dos braços que se formam onde as penas ficam fixadas. Sabemos disso porque as aves atuais tem estas marcas, que definitivamente comprovam a existência de penas no Velociraptor.
Mesmo um animal não apresentando estas marcas ele pode ter penas, como o flamingo atual, mas se ele tem estes vestígios definitivamente e sem dúvidas tinha penas.
Velociraptor versão plumada
© Felipe Elias
As presença de penas pode indicar Homeotermia, ou seja, animal com temperatura constante, sendo necessário que o animal comesse muito para manter uma taxa de metabolismo alta. Mas para que isto pudesse ocorrer seu sangue teria que ser quente e não frio como muitos imaginavam ocorrer nos dinossauros.
Sendo assim, com certeza este terópode era um caçador bem ativo, como comprovado no fóssil (GIN 100/25) chamado de "Fighting Dinosaurs", que contém o Velociraptor com o Protoceratops lutando. Em uma tradução livre, diria que o fóssil é chamado de Dinossauros Lutando, peça que hoje é de propriedade da Mongólia, que trata o fóssil como um verdadeiro tesouro, mas mesmo assim foi emprestado ao Museu de História Natural Americano para uma exibição temporária.

Fóssil dos dinossauros lutadores
© Museu Americano de História Natural

Reconstrução do fóssil
© L. Kalka
Reconstrução da hora em que ambos estavam lutando
© Luis Rey

No entanto o fóssil contem apenas 1 carnívoro, o oposto que ocorre com fósseis encontrados na América do Norte, onde alguns dromaeosaurideos, Deinonychus, foram encontrados em grande quantia em um único local, cercando um herbívoro, Tenontosaurus. Isso sugere que caçavam em bando. Mas a hipóstese não se aplica em todos os membros da família. Dromaeosauridae. Pode ser que o Velociraptor não usasse esta tática, caça em bando, para capturar presas. Pelo menos não há indícios concretos de que vivia assim. Nenhuma prova de tal comportamento foi encontrada em Velociraptor, mas mesmo assim geralmente é tido como caçador social, que caça com bandos.
Isso é reforçado pela sua popularidade, pois sendo tão conhecido acaba como astro ou tema de filmes e documentários, desenhos animados e jogos de vídeo-game.
O Velociraptor "caiu no gosto" do público em 1993 com o filme da Universal Pictures, Jurassic Park, baseado no livro homônimo de Michael Crichton. No filme é retratado como um predador cruel, veloz, inteligente e social, que ataca em bandos. Seu tamanho é exagerado, quase 4 metros de comprimento e com 2 metros de altura, com anatômia incorreta para a espécie, que no filme tem como característica mais incorreta o crânio que na realidade se assemelha ao do Deinonychus ou Utahraptor, incluindo aí também o tamanho e inteligência. Este dinossauro era inteligente, tinha um dos maiores cérebros em relação ao tamanho do corpo, mas não era tão inteligente a ponto de abrir portar usando a maçaneta como no filme.

Velociraptors de Jurassic Park
© Universal PicturesComparação de um Homem de aproximdamente 1,80 metros com o velociraptor correto (esquerda) e Velociraptor de Jurassic Park (direita)!
© Patrick Król Padilha

Também acabou se tornando astro de jogos, devido ao sucesso no filme de Spielberg, jogos como Dino Crisis e Dino Crisis 2, jogos da própria franquia de Jurassic Park entre outros jogos cujo tema central é dinossauros.
Na TV aparecem em desenhos animados, são temas de documentários como o Dino Planet do Discovery Channel, Walking with Dinosaurs Special The Giant Claw da rede britânica BBC e no citado anteriormente The Truth About the Killer Dinosaurs também da BBC. Como é muito famosos diversos materiais como livros, revistas retratam o animal e uma grande diversidade de brinquedos sobre ele foram produzidos.

Fontes


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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007

Tiranossauro rex

© Todd Marshall
Nome científico: Tyrannosaurus rex
Significado do Nome: Lagarto Tirano Rei.
Tamanho: 12,8 metros de comprimento e 5 metros de altura.
Peso: em torno de 5 a 6 toneladas.
Alimentação: Carnívora.
Período: Cretáceo.
Local: Estados Unidos e Canadá - América do Norte.

© Felipe Alves Elias
Veja onde encontraram o "Rei dos répteis Tiranos"!
© Mapa modificado por João Pedro S.RicardoVeja quando viveu o T-rex!
Ele viveu no Maastrichtiano, a área em vermelho!
© Matheus Telles
Esta postagem é dedicada ao REI dos Dinossauros, o mais famoso dentre todos os grandes répteis, conhecido por quase todas as pessoas em todos os lugares do mundo. Falarei do Tyrannosaurus rex, um dos maiores predadores que já passaram sobre a terra, um animal digno de respeito, como impõe seu nome, que significa Lagarto Tirano Rei. Descoberto por Barnum Brown, grande paleontologista que em 1900 encontrou osso que pertenciam a este gigante carnívoro. Mas ele nem sempre teve este nome imponente, pois as primeiras vértebras encontradas deste animal, duas no total, foram encontradas por Edward Drinker Cope em 1892, porém não puderam conhecer o resto do animal então nomeado de Manospondylus gigas. Em 1900, o T.rex quase completo que fora achado por Brown, foi nomeado Dynamosaurus imperiosus, devido ao seu tamanho, pois nenhum outro terópode na época conseguia superá-lo. Este nome permaneceu até 1905, quando Henry Fairfield Osborn, curador do museu onde estava o fóssil do animal resolveu mudar seu nome em função da grande popularidade que o animal ganhara com os anos. O nome então foi escolhido pelo seu tamanho e sua aparente ferocidade, Tyrannosaurus rex, que permanece até hoje. Osborn não imaginava que Cope já havia desenterrado ossos de T.rex, só em 1917 ele comparou o fóssil de Brown com as duas vértebras de Cope e percebeu se tratar do mesmo animal, sendo que hoje, uma das vértebras foi perdida restando apenas uma. Outro espécime de terópode que gera confusão é o Nanotyrannus, pois é muito similar ao rex, porém menor, o que levou a catalogarem este terópode como outra espécie, mas hoje a maioria dos pesquisadores acredita que seja um filhote ou jovem T.rex.

Vários esqueletos de T.rex encontrados, alguns fragmentados outros bem completos, por isto tanta confusão na hora de classificar um achado!
©
Scott Hartman

Este dinossauro foi um grande terópode que viveu no final do cretáceo na América do Norte, quando ainda vagavam na terra outros grandes animais como o Triceratops e Anquilossauro, possíveis presa deste caçador que chegava a atingir 13 metros de comprimento e 5 metros de altura, com um peso de aproximadamente 5 a 6 toneladas. Seu pescoço era muito forte e musculoso, com uma forma de S, pois era projetado para sustentar a grande cabeça, que no maior fóssil mede 1,5 metro, ou seja, era uma cabeça enorme, que na parte frontal, do focinho era mais afinada para permitir uma visão binocular melhorando a sensação de distância e profundidade da hora de procurar presas e na parte de trás, o crânio era muito mais forte, largo, cheio de potentes músculos que davam a ele a capacidade de morder com uma pressão de aproximadamente 4 toneladas de força.
Sem dúvida uma das características mais marcantes do T.rex são seus minúsculos braços, mas na verdade quando o animal foi descoberto só encontraram alguns ossos dos dedos, por isso não se sabia o tamanho do braço nem quantos dedos tinha, sendo então montado com um braço mais longo e com 3 dedos como os Allosaurus, erro que depois de tempos foi corrigido com o achado de braços intactos. Inclusive os braços eram fortes e poderiam até servir para segurar uma presa se não fossem tão curtos. No documentário da BBC, "Walking with Dinosaurus" existe uma menção à teoria que seus braços eram curtos para poder compensar o peso da grande cabeça, mas se é realmente uma teoria baseada em provas não posso afirmar. A maioria dos artistas retratam o T.rex com apenas dois dedos nestes braços, mas estudos recentes mostram que um fóssil do T.rex possuía um terceiro dedo vestigial, muito pequeno, ou seja, mal seria notado. Suas pernas, ao contrário dos braços, eram bem longas, mais longas do que qualquer outro terópode de grande porte, se comparado o tamanho do corpo com o comprimento das pernas. Sua cabeça era contra balanceada por uma cauda forte que podia ter mais do que 40 vértebras, sendo que algumas poderiam ser ocas para dar leveza sem que por isto o animal fosse mais fraco.
Seu crânio além de ser suportado pelo pescoço forte, tinha aberturas fenestrais para dar leveza e acomodar grandes músculos, também tinha ossos fundidos para dar mais resistência a impactos e ossos pneumatizados, ou seja, com sacos de ar em todo o interior do tecido ósseo, que junto com as fenestras aumentavam a leveza e mobilidade. Sua boca, na parte superior tinha forma de um U, ao contrário dos outros terópodes que a tinham em forma de V. Esse formato permitia maior área de mordida, prendendo melhor a presa e permitindo arrancar pedaços, mesmo que forçasse os dentes da frente.
O "Rei dos Dinos" possuía dentes que chegavam a medir 20 centímetros, tamanho suficiente para atravessar um homem do peito às costas. Seu dentes eram fortes, grossos e com forma de um D se você olhar ele em uma secção transversal, ou seja, cortando o dente no meio. Esses dentes eram de tamanhos variados mas o maior chegava próximo de 20 cm como comentado anteriormente e era curvados para trás para ajudar a segurar a presa na mordida e ainda tinha uma espécie de borda serrilhada que ajudavam a rasgar a carne da vítima. Os dentes superiores do T.rex que ficavam na parte superior da mandíbula eram maiores que todos os outros de baixo e eram espaçados uns dos outros. O recorde de maior dente já encontrado é de 30 centímetros, contando a raiz do dente, ou seja, a parte que ficava dentro do crânio, fazendo com que o rex seja o recordista entre os terópodes, com o maior dente.
O Tyrannosaurus rex ficou tão famoso na paleontologia e entre o público em geral, tanto que agora é usado como o padrão para se classificar outros dinossauros da mesma família., conhecida como Tyrannosauridae. Dinossauros como Tarbosaurus e Daspletosaurus, ambos muito semelhantes ao rex são colocados na mesma família, em uma subfamília denominada Tyrannosaurine.
Inclusive o Tarbosaurus bataar, descoberto em 1955 na Mongólia foi inicialmente nomeado como Tyrannosaurus baatar, devido à sua grande semelhança com o espécime americano, mas posteriormente seu nome foi mudado para Tarbosaurus porque encontraram certas diferenças entre os dois dinossauros e então o correto seria caracterizar o espécime asiático como um exemplar de Tyranosaurine isolado daquela região, ou seja, espécies diferentes.

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Scott Hartman

Os T.rex cresciam rápido até completar a idade adulta ou a maturidade sexual, que devia ser por volta dos 18 a 20 anos de idade. O mais jovem exemplar encontrado tinha 2 anos e o mais velho, a famosa SUE, possuía 28 anos de idade. O crescimento desacelerava por volta dos 16 a 18 anos e seguia mais lento. Em exemplares mais velhos que 20 anos foram encontrados nos ossos do fêmur tecido medular, o que pode indicar maturidade sexual. Essa conclusão foi tirada porque algumas aves modernas também apresentam o mesmo tipo de tecido na coxa na época de acasalamento.
Quando começou a aumentar a quantia de achados fósseis deste animal os cientistas observaram que alguns indivíduos tinham diferenças muito pequenas no formato do corpo e que isto poderia ser usado para determinar como era a fêmea e como era o macho. Haviam espécies mais robustas, com quadril mais largo e que possuíam a primeira vértebra da cauda com um determinado osso em forma de V diminuído, que foi determinado como pertencente a uma fêmea, pois esta precisaria de um quadril maior e da vértebra da cauda menor para dar passagem aos ovos no período de postura, sendo que os pesquisadores se basearam nos crocodilos para fazer esta afirmação. Mas nos últimos anos, as evidências diminuíram e já consideram um erro afirmar que existiu diferença de morfologia (aparência interna e externa do corpo) entre sexos de Tyrannosaurus rex. O esqueleto da SUE, por exemplo, contraria a ideia da vértebra da cauda pequena normalmente, e que devia estar quebrada no outro exemplar robusto, ou seja, a vértebra não era pequena para ajudar na passagem dos ovos e sim porque estava quebrada, pois se realmente fosse uma diferença de sexos a Sue também iria apresentar a mesma característica e não a vértebra maior.

© Todd Marshal
Um único fóssil de T.rex demonstrou pertencer a um gênero sem deixar dúvidas, que foi encontrado no Canadá e apelidado de B.rex. Tinha por volta de 20 anos e seu fêmur apresentava traços de tecido medular, um tipo de tecido presente em aves fêmeas no período de ovulação. Isso prova que o B.rex era uma fêmea e que morreu ainda ovulando, mas além disto mostra que o T.rex era sim parente das aves.

T-rex copulando
© Raúl Martin

O T.rex era visto antigamente como um animal mas alto, pois ficaria com a cauda rente ao chão como o canguru, uma postura semelhante à que foi imaginada nas primeiras reconstruções do Iguanodon.
Tyrannosaurus rex como era visto muitos anos atrás Os direitos autorais desta imagem já expiraram

Era desta forma retratado e por muitos anos ficou conhecido nesta postura, que só foi alterada em 1992 quando foram desmontados alguns esqueletos. O erro foi percebido em 1970, ou seja, o rex ficou errado por quase um século. Esta posse de canguru seria impossível porque prejudicaria as juntas do pescoço que se unem ao crânio, as juntas do fêmur coma bacia e das patas entre outras. Muitas obras e retratações trazem o T.rex nesta postura, mas em 1993 e nos anos seguintes sua nova postura começou a se popularizar com o filme Jurassic Park e outras formas de mídia que retratavam o rex com o corpo horizontalmente paralelo ao solo e com a cauda reta longe do solo.

Tyrannosaurus rex como é visto hoje
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Joe Tucciarone

Em 2005 pesquisadores americanos resolveram quebrar um fêmur de T.rex, isso mesmo quebrar um precioso fóssil, ainda que com certa relutância, para estudá-lo por dentro e procurar tecidos moles preservados. Usaram um espécime da Formação Hell Creek e obtiveram certo sucesso. Encontraram vasos sanguíneos bifurcados, fibras elásticas e matriz do osso. Além disto microestruturas parecidas com células sanguíneas dentro da matriz do osso. Essas estruturas se assemelham com os da avestruz atual e o processo que os preservou é diferente da fossilização comum, um meio desconhecido de preservação, que ainda faz os pesquisadores pensar duas vezes antes de dar um palpite a respeito. Mesmo que o material esteja preservados, apenas as proteínas não poderão ser utilizadas para dar detalhes do DNA do animal, mas pelo menos mostra que os Tyrannosaurus rex são próximos das aves atuais.
Um estudo recente usando amostras de colágeno obtida de um osso de T.rex purificado mostra que seu mais próximo parente vivo seria a galinha, o que gerou grande repercussão e até algumas piadas do tipo, "comi um T.rex ontem" se referindo ao frango comido no almoço ou jantar.
Não faz muito tempo foi encontrado na China um terópode conhecido como Dilong, que é parente do Tyrannosaurus rex e no fóssil deste pequeno dinossauro carnívoro havia vestígios de pena e isto levou os pesquisadores a supor que outros parentes também possuíssem penas ou protopenas. Mas no caso do Tyrannosaurus rex ele não tinha penas ou mesmo protopenas, pois nada se encontram nos fósseis e seria difícil que ele as tivesse e em nenhum fóssil elas fossem preservadas. Mesmo que seus ancestrais tivessem plumas elas devem ter sumido no decorrer da evolução, mesmo que em certos locais mais frios fosse uma vantagem ter penas para manter a temperatura, no caso do T.rex não seria grande vantagem pois seu ambiente deve ter sido quente e as penas seriam uma armadilha, aquecendo demais o animal internamente.

Tyrannosaurus com penas, espécime juvenil !
© Gabriel Lio



Falando em temperatura, o T.rex deve ter sido um animal de sangue quente, pois seu crescimento é acelerado e seu metabolismo também, se comparado aos outros répteis.
Hoje uma característica deste dinossauro que chama muito à atenção é sua capacidade de correr, pois sua velocidade geralmente causa dúvidas nos pesquisadores, alguns afirmando que corria muito outros que era lento. A capacidade de girar o corpo rapidamente em uma corrida é debatida também, pois com um corpo de aproximadamente 13 metros ele teria problemas de girar para esquerda ou direita com velocidade alta, porque sendo bípede seu ponto de gravidade é localizado no centro do corpo e caso ele virasse rápido demais poderia cair.
Existem muitas estimativas de velocidade máxima para o T.rex, algumas afirmam que ele era muito veloz outras que era lento como um elefante. Pode ser que chegasse a aproximadamente 40 quilômetros por hora em corridas curtas, mas nada está totalmente comprovado por falta de provas. Trilhas de pegadas de grandes terópodes andando foram encontradas, mas trilhas feitas em corridas não existem ainda no registro fóssil, o que dificulta o cálculo da velocidade total deste dinossauro.
Porém no ano de 1993 dois paleontólogos, Jack Horner e Don Lessem, afirmavam que o T.rex era lento porque o osso de sua coxa (fêmur) seria mais comprido que o da canela como nos elefantes atuais. No entanto Holtz notou em 1998 que os pés dos terópodes não são usados totalmente para correr, pois apenas os dedos ficam em contato com o chão. O pé realmente dito era composto do metatarso fundido e muito forte que nos terópodes serve como uma parte da perna, o que aumentaria consideravelmente o comprimento do osso, como ocorre nos animais que se locomovem sobre os dedos dos pés apenas, sem tocar todo o pé no solo.
Alguns pesquisadores afirmam que o T.rex não poderia correr sem riscos, pois se um animal destes com aproximadamente 6 toneladas caísse enquanto corria com certeza quebraria suas costelas e machucaria órgãos internos ao bater com o peito no chão, porque seus braços eram curtos demais para conseguir amortecer a queda.
Em 2002 a revista NATURE publicou um artigo onde calculavam a massa muscular na perna necessária para que o T.rex corresse a mais de 40 km/h, usando uma fórmula matemática testada e aprovada em crocodilos, galinhas, humanos e mais tarde em emus e avestruzes. O resultado afirmava que a massa muscular teria que ser igual a quase 80% da massa total corporal do animal, o que mostra ser impossível que o rex atingisse velocidades tão altas, mas sim que sua corrida fossse em torno dos 18 km/h, mas mesmo com esta velocidade seria mais ágil que a maioria de suas presas como os hadrosaurideos da época. Isso serviu para que os defensores da teoria de que o T.rex é caçador afirmassem que a velocidade não importava contanto que ele fosse mais ágil que suas presas, o que o estudo anterior havia dito. Em contradição a isto os pesquisadores Paul and Christiansen afirmaram que os últimos ceratopsianos do cretáceo eram rápidos e que haviam marcas de dentes de T.rex nos ossos de um ceratopsiano encontrado, provando talvez que o carnívoro caçava estes dinossauros, pondo em dúvida a teoria de que o rei dos predadores não precisava ser rápido para capturar a presa.
Os hábitos alimentares do Tyrannosaurus rex são um tanto confusos e muitos cientistas debatem que ele era um caçador ativo, outros acreditam na teoria de que ele era carniceiro e oportunista.
Jack Horner, um paleontólogo especialista em hadrosaurídeos é o principal defensor da idéia de que o T.rex era um necrófago, ou seja, não caçava, apenas comia carniça e roubava de outros dinossauros menores. Abaixo você confere os argumentos que Horner usa e o que dizem os seus opositores a respeito:

  • Horner diz que os Tiranossauros tinham grandes bulbos e nervos olfativos. Isso sugere que poderia ter faro aguçado para sentir o cheiro de carcaças mesmo à grandes distâncias. Pesquisas mostram que dentre 21 dinossauros analisados, o olfato mais forte seria o do T.rex.
  • Seus opositores dizem que grandes bulbos olfativos não são características apenas de carniceiros, mas também de predadores. Mesmo assim, os carniceiros só usam o olfato para economizar tempo procurando, poupando energia, ou seja, o T.rex poderia ter um bom faro para não precisar vagar muito atrás das presas, pois as encontraria rápido pelo cheiro, mesmo que ainda vivas.
  • Horner afirma que os braços do rex são outra prova de que não caçava, pois sem braços longos e fortes não conseguria lutar e agarrar uma presa.
  • Os seus rivais dizem que os braços mesmo sendo curtos não influenciam na caça, poderia ser um ótimo caçador mesmo sem usar os braços. Segundo estes pesquisadores seu pescoço forte e crânio robusto eram fortes o suficiente para aguentar impactos de uma luta ou queda e segurar uma presa com a ajuda dos dentes preparados para perfurar, rasgar e segurar ao mesmo tempo. Animais de hoje como as aves de rapina e crocodilos são comparados neste quesito com o rex, como mais uma prova de que os braços não são necessários.
  • Horner afirma que o rex não era veloz o suficiente para caçar. Era pesado e não podia correr o risco de se machucar fatalmente em uma queda, durante uma corrida, pois qualquer tombo ia quebrar suas costelas. Seu fêmur era praticamente do mesmo tamanho do osso da canela, por isto o animal seria apto para caminhar por longas distâncias, mas não para correr, no entando, mesmo correndo seria lento.
  • Os outros pesquisadores contrariam Horner dizendo que animais atuais, como cavalos também quebram a perna com facilidade e mesmo assim correm bem, ou seja, o medo de machucar-se não faria o "rei" parar de correr. Como mencionado antes, o rex como outros terópodes caminham sobre os dedos do pé, deixando o pé propriamente dito inclinado, tornando-o parte do osso da canela e aumentando sua capacidade de correr. Geralmente a velocidade dos dinossauros são estimadas a partir de pegadas do animal, mas nunca havia sido achadas pegadas do rex, até quena década de 90 encontraram rastros do animal e estimaram sua velocidade em 15 km/h andando e em torno de 40km/h correndo, uma média ótima.
  • Horner analisou o fóssil de T.rex e concluiu que seu cérebro possuía uma área muito pequena responsável pela visão, devido a este detalhe ele não enchergaria bem o sificiente para poder caçar.
  • Os defensores do T.rex "caçador" dizem que o Tyrannosaurus devia ter visão boa, e o tamanho da área no cérebro relacionada à visão não seria um fator relevante. Observando o crânio do rex, a posição dos olhos mostra que sua visão era estereoscópica (binocular), que simplesmente seria a visão onde os dois olhos conseguem focalizar um mesmo ponto ao mesmo tempo, como os humanos, que permite uma percepção muito precisa de espaço, profundidade e distância. Esse tipo de visão geralmente é encontrada em dois tipos de aniamais, predores do topo da cadeia alimentar como os grandes felinos atuais e animais arborícolas (que vivem em arvores), pois estes precisam calcular a distância e profundidade para não errar um salto de um galho a outro. O T.rex não vivia em árvores com certeza, então devia ser um predador, usando a visão para calcular a distância da presa numa bocada para tentar capturá-la. Mesmo assim, se sua visão fosse ruim, seu olfato poderia compensar a carência, assim como ocorre em animais atuais como os morcegos e crocodilos entre outros.
  • Horner afirma que existem provas fósseis de que o rex seria um carniceiro, entre elas um coprólito, cocô fossilizado que continha fragmentos de ossos de outros dinossauros, provando que o T.rex comia ossos de animais. Horner afirma que essa é a característica de carniceiros que tem que se contentar em comer restos de predadores mais eficazes, inclusive ossos. Há marcas de dentes de Tiranossauro na bacia de um tricerátops, mas isto afirma a apenas que ele comou o dino e não que matou o mesmo.
  • Os cientistas do lado oposto afirmam que há fosseis que provam que o T.rex caçava animais vivos, embasando ainda mais a idéia de que não era um carniceiro. Marcas encontradas na cauda de um Edmontosaurus fossilizado mostram que um rex o mordeu ali quebrando seu osso, pois as marcas dos dentes são claras. Mas também há uma calcificação, ou seja, o osso "sarou", se colocou novamente, provando que o animal mordido ainda estava vivo e conseguiu escapar do ataque para que o machucado e a fratura se regenerassem. Isso mostra que o grande terópode caçava sim e não vivia só de carniça como afirma Horner. Há também marcas de dentes de Tiranossauro em fósseis de Tiranossauros, isso mesmo, eles lutavam entre si em batalhas ferozes. Um exemplo é a famosa Sue, que deve ter morrido atacada por um outro T.rex mais forte, pois no seu pescoço, em uma das vértebras havia um dente de outro Tiranossauro e seu fóssil continha fraturas em alguns ossos, bem como cicatrizes no crânio.
Esses pontos mencionado acima mostram o que Horner usa para provar o hábito de carniceiro do Tiranossauro e também mostra o grande empenho dos seus rivais em dizer o contrário. Mas vamos agora a uma conclusão a respeito de acordo com o que eu penso, afinal preciso dar minha opinião neste assunto tão polêmico.
Eu imagino o Tyrannosaurus rex como uma mescla dessas suas características e aposto que muita gente deve concordar comigo, inclusive me baseei em alguns paleontólogos pensam da mesma forma e acabei tomando partido do mesmo ponto de vista. Acho que ele era forte, veloz e esperto o suficiente para caçar animais vivos e até grandes, mas acho que se a comida estivesse escassa ou encontrasse no caminho uma carcaça ele não desperdiçaria tal comida, comeria sem dúvida. Seria um CAÇADOR OPORTUNISTA a definição mais exata do que quero dizer. Ele caçaria muito bem, mas caso tivesse a oportunidade de comer sem precisar fazer esforço de caçar ele com certeza aproveitaria a chance de comer uma boa carcaça ou roubar uma de outro predador menor.
Alguns espécimes de T.rex encontraram receberam atenção especial. Com certeza o melhor achado até hoje é Sue, citada várias vezes no decorrer do texto. Encontrada por Sue Hendrickson, uma paleontologista amadora em 12 de agosto de 1990 perto da Formação Hell Creeck em Dakota do Sul nos Estados Unidos recebeu o apelido de Sul em homenagem à sua descobridora. O esqueleto estava 90% completo e até 2001 foi considerada o maior exemplar deste animal encontrado, chegando a medir 12,80 metros do focinho até a cauda e aproximadamente 4 metros de altura nos quadris. Seu esqueleto foi alvo de briga, muitos queriam sua posse e a justiça acabou dando o direito ao dono da propriedade onde estava o fóssil, de ficar como proprietário da peça. O fóssil foi a leilão e vendido por 8.4 milhões de dólares, até então a maior quantia paga por um dinossauro. Esse dinheiro todo veio de uma parceria entre o Field Museum de Chicago e finaciadores como McDonald's Corporation e The Walt Disney resorts entre outras contribuições pessoais.
Outros fósseis foram encontrados, inclusive fósseis de um jovem tiranossauro que é o mais novo até hoje já descoberto e animais que tinham marcas de doenças e ferimentos nos ossos também intrigam os paleontologistas sobre o T.rex.
Esses e muitos outros achados permitiram reconstruir fielmente a aparência e comportamentos do animal, tornando-o o mais conhecido, o mais famoso dinossauro de todos os tempos. Dos Estados Unidos à Austrália, do Brasil à China, quase todos conhecem este dinossauro, mesmo que vagamente.
Essa fama lhe rendeu várias aparições em filmes, desenhos, gibis, livros e tantos outros meios de mídia. Desde filmes antigos como O mundo perdido baseado no livro de Sir Arthur Connan Doyle até nos filmes de King Kong chegando ao estrondoso sucesso Jurassic Park, este animal fez a cabeça de muita gente.
T.rex de Jurassic Park
© Universal Pictures
T.rex de Jurassic Park 3
© Universal Pictures
O Tyrannosaurus rex foi o rei dos dinossauros por muitos anos, mesmo agora tendo sido superado em tamanho por outros terópodes ele nunca deixou de brilhar e continuará com sua Majestade para sempre!

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